NÃO EXISTE SÓ FUTEBOL!
Ninguém dúvida que o Brasil seja o país do futebol. Isso obviamente não quer dizer o melhor algo que já não é há muitos anos, mas sim o país. Porque da pessoa que mais ama até a que mais detesta, do bandido ao mocinho, da criança da extrema periferia até aquela da mais alta burguesia, o futebol mexe minimamente com sentimentos, paixões e relações sejam elas, por exemplo, em ambientes de trabalho e escolar (principalmente), familiar, vizinhança, política, etc, ele é um produto lucrativo, sentimental, de contenção social e de muita interação interpessoal. Portanto, como diria Dorival Caymmi para o samba, mas agora para o futebol: "Quem não gosta de futebol bom sujeito não é, rs."
Brincadeiras à parte, pois ninguém é obrigado a gostar de nada, fato é que o futebol no Brasil é o esporte número 1° dos brasileiros. Isso é inquestionável. À época do Ayrton Senna, por exemplo, até houve grande adesão e gosto pelo automobilismo. O vôlei vez por outra dá uma guinada no gosto popular. Surf, Skate ou tênis também. No entanto, igual ao futebol não há. Mesmo tendo nos últimos anos uma seleção brasileira que não dá o mínimo gosto de assistir, ainda assim é o futebol que está nas discussões esportivas por aí.
Bem, embora eu, por exemplo, seja um amante desse esporte e desde menino jogue (ultimamente com bem menos intensidade/fator idade, rs) o Brasil com essa dimensão geográfica imensa maior que todos os países da Europa juntos, não pode ser um eterno "refém do futebol." Porque isso é apequenamento, por exemplo:
No próximo dia 26 começa às Olimpíadas de Paris. Um evento que se não for maior no sentido de adesão é certamente da mesma proporção de uma Copa do Mundo. Mas infelizmente e sendo realista a tendência é não passarmos de 6 ou 7 medalhas de ouro (sendo otimista) com algumas de prata e outras de bronze. Isso é muito, mas muito pouco se levarmos em consideração a capacidade do brasileiro e o tamanho territorial nacional que temos. E, tem gente que comemora evoluções (superações sim) a meu ver, pífias de 4 em 4 anos algo que não deveria ser motivo de comemoração, mas sim de cobrança e indignação já que quase não há investimentos e muita, mas muita corrupção.
Enfim, a culpa não é do futebol. Ele é maravilhoso para 70% ou 80% da população. Agora, esta mais que no tempo de não ficarmos mais reféns de um único esporte tendo em vista potenciais vitórias e sucessos em outras modalidades. O que falta "apenas" é mais investimento público/privado e interesse populacional.