HORIZONTE PERDIDO

(Surrealismo)

 

Em um mar de névoas e sonhos fragmentados,

Um horizonte perdido se esconde entre brumas prateadas.

Lá onde o sol se despede em cores desbotadas,

E a lua surge serena, em tons de madressilva acinzentadas.

 

Um navio fantasma navega sem destino,

Em busca de uma terra que jamais se revela.

Seus mastros, como ossos de gigante, perfuram o céu nebuloso.

Enquanto as velas, em farrapos, tremulam ao vento furioso.

 

Na proa, um marinheiro solitário contempla o vazio,

Seus olhos, vazios de esperança, refletem o mar sombrio.

Em seus lábios, um murmúrio fantasmagórico se perde no ar,

Uma canção de saudade por um lar que jamais mais verá.

 

O navio avança, impulsionado por um vento fantasmagórico,

Em direção ao horizonte perdido, etéreo e mágico.

Será que ele encontrará a terra que tanto busca?

Ou será condenado a vagar eternamente na névoa escura?

 

O tempo se dissolve em um turbilhão de cores surreais,

Enquanto a realidade se mistura com os sonhos mais banais.

O marinheiro se transforma em uma sombra fantasmagórica,

E o navio se desintegra em pedaços de luz efêmera.

 

O horizonte perdido se abre em um portal infinito,

Revelando um universo de possibilidades sem limites.

O marinheiro solitário finalmente encontra sua paz,

Em um mar de estrelas que jamais se apagarão.

Lucas Louis Neville Grauthier
Enviado por Lucas Louis Neville Grauthier em 08/07/2024
Código do texto: T8102523
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