Chegaremos a uma nova era das navegações, dessa vez, espaciais?

Outro dia, conversando com um colega, surgiu essa questão.

Descobertas astronômicas apontam para astros de diversas modalidades que se apresentam ricos em elementos nobres.

Em Netuno, por exemplo, chove diamantes. O asteroide Psyche 16 é rico em ouro em sua composição.

“Um punhado de asteroides custa cerca de US$ 4,7 milhões por grama (cerca de R$ 23,5 milhões). Isso é cerca de 70 mil vezes o preço do ouro, que custa em média US$ 60 por grama (R$ 300). A estimativa do valor do Bennu foi feita ao site The Conversation pelo cientista da Universidade do Arizona, nos EUA, Chris Impey).”(Fonte: Google)

Isso significa que existe um forte interesse econômico na exploração desses recursos, não ainda viabilizado pelo alto custo das viagens espaciais.

Com o avanço da tecnologia, potencializado pela I.A., é possível que as viagens se tornem viáveis num futuro próximo e, então, se iniciará a corrida espacial, uma nova era das navegações.

Tudo indica que a história venha a se repetir, vejamos....

A quem pertence um astro? A quem primeiro chegar? Como reagirão as demais nações?

Se mais de uma nação chegar, haverá disputa e, consequentemente, guerras.

Haverá também a pirataria espacial.

Os vitoriosos dessas disputas se enriquecerão de tal maneira, que se colocarão na condição de domínio econômico do planeta. Não que isso não ocorra no presente, mas, dessa vez com um abismo incalculável entre os ricos e os pobres.

Se houver vida nesses lugares ainda desconhecidos, servirão de experimentos, alimento ou produção de produtos para consumo terrestre.

Se a vida for inteligente, serão subjugados, usados como escravos, suas crenças serão destruídas, assim como nossa cultura será imposta. Talvez os tragam à Terra para trabalho escravo.

Se olharmos para nossa história, tanto passada como a presente, esse cenário será real.

Haveria uma outra forma de construirmos uma história livre de disputas e guerras?

Haveria uma maneira de acabar com a ganância humana?

Podemos argumentar que esse tipo de comportamento se dá por parte daqueles que detém poder, o que é correto. Mas, o poder é alcançado pela riqueza e a riqueza vem da exploração humana e do planeta. Essa riqueza depende do consumo e nós todos somos consumidores.

Assim sendo, temos nós a nossa parte nessa culpa, quando consumimos supérfluos, não pensamos na origem dos produtos, se são objeto de trabalho escravo, infantil ou se alimentam guerras. Se são resultado de salários aviltantes e sub-humanos.

Não tenho respostas para essas questões e não acredito mais em nossa impunidade diante de tantos descalabros históricos.