Seja acessível, mas não acessado por todos.
Ao repensar certas interações, me fiz a seguinte pergunta: o que é uma pessoa acessível?
Segundo as definições etimológicas, seria aquela que se pode compreender com facilidade; inteligível. Que admite aproximação; sociável ou comunicativa. Uma pessoa acessível é calorosa e bondosa, alguém com quem é fácil de conversar. Ela se interessa sinceramente em outros e está disposta a dar de si mesmo em benefício deles. Qualidades que são apreciadas por todos, embora nem todos as tenham.
Fui um pouco mais a fundo e concluí que ser acessível não significa ser acessado por todos. Isso quer dizer que nem todos devem ter acesso a sua intimidade, seus projetos, o que já lhe aconteceu ou está por vir. Suas dores...ou amores. Suas alegrias, suas conquistas diárias. Para quê se expor? Não é apenas uma questão de confiança, mas de bom senso. Esteja aberto a ouvir, mas fale bem pouco e para poucos. Quantas vezes, por pura ansiedade, nos pegamos em completa "verborragia"? Tenho me analisado muito nesse sentido e confesso que, me propus a mudar. O diálogo mais importante, é primeiro com a nossa própria consciência. Amigos e colegas não são terapeutas. Lembre-se disso.
Você se desgasta expondo sua vida, falando de você, de seus planos, da sua rotina. Isso é desnecessário e cansativo. Para quem fala e para quem ouve. Isso é também um autocuidado. Fale a quem realmente necessita ouvir.
Ser pragmático é tão importante quanto ser acessível. Ser acessível não significa abrir sua intimidade. É estar aberto, mas não necessariamente se abrir em demasia. Você não precisa e não deve ser um livro aberto. Sua vida e os ouvidos alheios, agradecem. Pense nisso.