Parte 2” SOBREVIVEMOS” ... 18h33min... (Reminiscências).

Foram anos de muito trabalho, dormindo ao relento, e nos momentos de lucidez* nos contava suas histórias, acordavam bem cedo para conduzirem a tropa de gato, para um local onde iriam vende-la. De repente viu seu cão, com uma arma na boca, pois, na pressa de sair esquecera. De anos de trabalha conseguiu comprar uma gleba de terra para plantar arroz, que oferecia a quem quisesse plantar, um terso era para o dono das terras, e dois terços para quem plantava, as terras eram muito férteis e arroz dava em abundancia, conseguiu comprar uma linha de ônibus, e também, dois taxis, todos estes negócios, lhe davam uma boa renda...

Daí veio a revolução de 30, os dois taxis e o ônibus foram “requisitados”, e tudo foi registrado em cartório local, na cidade de Blumenau. Porém, veio acontecer um imprevisto: o cartório pegou fogo, e com isto os seus documentos foram queimados.

Desgostosos com este revés, * começou com o vício do alcoolismo, que foi aos poucos minando com sua saúde, razão pela qual não ficou muito tempo em suas lidas aqui mencionada.

Com a saúde totalmente abalada, em razão do alcoolismo, adquiriu um câncer no esôfago, em não permitia a alimentação, com isto dia a dia foi definhando. Isto ocorreu nos anos de 1951, quando um de seus filhos, o levou de automóvel, na casa de uma de suas filhas, Cármen, que morava numa cidade perto de Rio do Sul, Lontras, hoje denominada Agronômica, e lá veio a falecer.

Na casa desta tia, trabalhava uma adolescente, Margarida, quando este tio foi ainda ver o pai com vida, e a conhecendo foi amor à primeira vista e acabaram se casando, embora estivesse noivo, com uma moça da cidade de Joinville, esta viera de lá para visitar seu parente que também era militar e moravam do lado de nossa casa, quando se conheceram.

Viajando a Joinville, fui com ele aquela cidade, em que naquela ocasião ficara noivo com a mesma. Após, conhecer a “outra”, desfez o noivado, mandando uma longa carta, o que certamente deixou a noiva muito triste...

Mas voltando ao nosso avô, nos momentos de lucidez contava suas histórias, e, nos ouvíamos atentamente...

Tudo isto não deixa de ser a vida com seus nuances uns bons e outro nem tanto, aqui não deixa de ser uma “escola”, em que renascemos para dar continuidade ao nosso “aprendizado”, agradeço aos tiveram a paciência de nos ler. 18h42mi.

Curitiba, 27 de junho de 2024- Reflexões do Cotidiano – Saul

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 03/07/2024
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