PEDAGOGIA & POLÍTICA

Francisco de Paula Melo Aguiar

A Pedagogia, enquanto "Ciência da Educação" e a Política, assim compreendida como "Ciência do Bem Comum", porque "o correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem", segundo nos ensina o poeta, diplomata, novelista, romancista, contista, escritor e médico João Guimarães Rosa (1908-1967).

Assim sendo, tal dicotomia aparece na Filosofia como sendo o amor a sabedoria presente em todas às áreas do saber ou do conhecimento humano.

É verdade que a natureza humana desde que Deus, o Ser perfeito, criou o ser imperfeito representação Dele próprio, porém, o fez criatura e não Criador, assim se instalou na face da Terra a dúvida, a discórdia e a concorrência que gera confusão sobre a natureza humana envolvendo os temas basilares e presentes em todo e qualquer ser humano: sensibilidade e sentimento e bem assim, a paixão em detrimento da razão.

A essência humana é, e continua sendo relativa, uma vez que os seres humanos desde os tempos primitivos à atualidade, porque a sociedade está presa ao egoísmo e a corrupção, porque não existe harmonia entre ser rico e o ser pobre ou igualdade de classes em qualquer sentido.

A confusão como solução implantada para combater às "fobias" de uma classe contra ou a favor de outra classe é pandemia da moral contra ou a favor da imoralidade em versos e prosas.

É vê com os olhos e comer com a testa, ficar em silêncio, se chorar é para engolir o choro, assim como nossos pais em outros tempos nos repreendia e nos obrigava a ser.

O amor de si e a piedade, ambos termos são substituídos pela liberdade e igualdade decantada no ideal da fraternidade advinda da Revolução Francesa, tão bem expostos na visão intelectual do filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), em seu Contrato Social, no tocante os direitos e deveres do Estado e dos cidadãos, e isto é política.

O que nunca falha é otimismo dos dominantes para contaminar as classes dominadas por dias melhores, ex-vi o ideal das religiosidades prometendo o céu a todos, desde que não cometam pecados, o que vale dizer que se abrir à boca para pecar todos irão morar no inferno.

Tanto é assim que os poderosos de ontem, são os mesmos poderosos de hoje e com acréscimos de juros e correção monetária da moeda ou dinheiro e não é diferente no tocante a imoralidade de invocar a seu favor a lei por ela mesma criada para impor obediência ao salário mínimo para a classe social obreira e o salário máximo da classe dominante de perder de vista no valor ou cifras monetárias em relação a moeda igualmente dominante no planeta Terra, que nunca perde o valor real.

Os interesses particulares continuam sendo os mesmos da classe social dominante e impondo novo tipo de servidão de quaisquer espécies a classe social dominada.

A cultura e a ciência de que tudo fede, porém, não incomoda a classe social dominante em todos os meios de informação e comunicação que tem na Internet via às redes sociais o bojo sanitário de todas perfeições e imperfeições, é a pandemia de todas ideologias santas e pecadoras, implantada de goela abaixo.

Os governos democráticos, os governos totalitários e bem os governos teocrático, todos fazem suas leis para atender seus interesses em nome do céu e do inferno conhecido ou desconhecido e impostos as classes sociais dominadas.

Numa tentativa teórica para servir de "modelo" para libertar, sic, o homem do estado pleno de servidão que a sociedade o coloca como se bota canga em boi de carro para puxar a carroça, por exemplo analógico, Rousseau nos apresenta teoricamente dois "modelos" ou "paradigmas" complementares a saber: 1) o primeiro modelo é exposto por Rousseau no livro Émile, publicado em 1762, onde ele respeita à Pedagogia, propondo assim, que a criança se desenvolva naturalmente e espontaneamente em sua essência e segundo suas experiências pessoais sem as imposições da sociedade, evitando assim, ser deformada; 2) o segundo modelo oferecido também em 1762 por Rousseau ao escrever o Contrato Social, contempla a filosofia política, porque visa restabelecer a liberdade baseada na ideia da soberania popular onde a população é chamada a decidir com quem fica o poder político, segundo a vontade geral para garantir direitos, deveres, a liberdade e a igualdade para todos, ex-vi a necessidade de cada Estado Soberano, ter e fazer cumprir a Carta Magna e suas leis ordinárias e complementares ao pé da letra.

Finalmente, a Ciência da Educação & a Ciência da Política, uma está na outra, se completam e se somam segundo suas ideologias, sabendo-se que "o mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer", segundo Albert Einstein (1879-1955), e assim a sociedade continua operando modificações sobre os homens e às mulheres, que podem ser positivas e ou negativas na visão apresentada e defendida por Rousseau e por nós outros também.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 30/06/2024
Reeditado em 30/06/2024
Código do texto: T8096804
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