O Coelho cansou do tempo corrido, do brinquedo de corda digno de forca, espada sobre a cabeça.

     Sentou-se, e, com um ramo de palavras sobre o colo, deixou de prever o futuro de salto em salto. Aninhou-se como há muito tempo não fazia. Aproveitou a guarida, e , mais que tudo, não se precipitou. Após uma longa dieta da pressa e na encosta de livros, quebrou um paradigma: arriscou ignorar o tempo. Descobriu a imortalidade dentro do sossego.

     

Pense Literatura
Enviado por Pense Literatura em 29/06/2024
Código do texto: T8096404
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.