A criança tem um espírito que parece sempre meio-dia, que bebe da fonte, jorra em gargalhada, amiuda-se para escapar das broncas, anoitece e tomba do nada. Não parece ter em si o tempo impresso. E quando atingida pela maré do silêncio é sinal de que algo está errado.
Na criança, o prazo de permanência parece não ter validade. Adultos, já temos a sensação de que podemos embarcar a qualquer momento, e isso assusta.
Quando criança, tudo me parecia imutável.