Uma boa leitura com um mau cheiro!
Raciocinando bem as empresas de refrigerantes fazem promoções de copos, quase sempre gigantes, não porque elas amem o consumidor; mas para que consumam cada vez mais e em maior quantidade. É o caso da pergunta que roda em sites de humor, na Internet: - Se as pessoas gostam tanto de ler jornal no banheiro, porque as empresas jornalísticas não investem em sanitários púbicos?
Vou mais além e sugiro que em cada sanitário sejam colocados jornais diários. Claro que ao lado do papel higiênico, ai vai da opção e alfabetização!
Há, nos sanitários públicos, os leitores de papel higiênico. Explica-se: Os rolos de papeis oferecidos em rodoviárias, terminais ferroviários, parques públicos e até em certos aeroportos, costumam ser de extrema falta de qualidade que até trazem letrinhas “recicladas” de jornais, livros e outras cartas, e os curiosos tentam com elas formar palavras. Se você é uma pessoa extremamente econômica, já viu isto em casa! Mas cá entre nós, a leitura no banheiro é boa ou não? Afinal é feita com todos os olhos abertos!
Com certeza um dia um pesquisador vai trazer a luz da ciência a razão da obstinação da leitura, no vaso do banheiro. Descontração? As inutilidades fétidas são excluídas menos doloridamente? Ou é uma simples junção do útil da leitura ao agradável momento de alívio? Os cientistas, loucos por uma descoberta, após longas entrevistas no local do ato trarão as nossas vistas suas conclusões. Portanto os zeladores dos banheiros públicos que não se assustem se saírem dois do mesmo reservado, um será apenas cientista!
Ai haverá uma concorrência enorme: Na minha Bahia o Á Tarde e o Correio da Bahia, disputarão o espaço no ferry-boat, onde os dejetos são lançados sem tratamento na Baia de Todos Santos.
No Rio de Janeiro e São Paulo, as longas esperas dos vôos favorecem longas leituras e nada melhor que o Jornal do Brasil, O Globo, Folha, Estadão e outros investirem o seu conteúdo nos sanitários dos terminais. Eu no interior, a cada quinze dias, terei prazer de levar o jornal do concorrente a nossa estação rodoviária.
Afinal espero que o Vanguarda seja lido na hora do café ou nas praças com o leitor tendo sua concentração unicamente na leitura.
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Já diz uma antiga máxima: "Quem não lê, mal fala, mal ouve, mal vê", e que todos os olhos estejam abertos para a leitura...