A história do perdão (festa junina)
Josef caminhava sem rumo naquela grande cidade do Rio de Janeiro. Sua mente estava completamente em alvoroço, nos seus 50 e poucos anos aparentemente já tinha experiência pra dar e vender. Alto resoluto fazia o que queria de sua vida de prazeres, apesar de ser casado, sua esposa Laura, 4 filhos, sendo que o mais velho tornara-se seu inimigo justamente pelas traições do pai, que não escondia de ninguém da amante que possuía, além disso esnobava pra valer sua esposa legítima. Era um tormento para ela quando o pai entrava por uma porta e o filho revoltado saía por outra. Laura vivia chorando pelos cantos, a esposa traída e além disso vivia de migalhas, porque tudo era repartido, o salário do marido mal dava pra despesa da casa.
Como tinha suas decisões também, arrumou um emprego de trabalhadora doméstica, seria mais pra sua mente não fundir, porque aquela vida já estava insuportável, mas vendo aquela guerra entre filho e pai, Ela tentava por uma paz quase impossível, dizia para o filho revoltado:
--- Filho, não seja inimigo de seu pai. Você está te destruindo completamente. Ele respondia:
--- Mãe, não suporto o que meu pai faz com a senhora, com a gente também, aqui em casa está uma verdadeira guerra provocada pelo meu pai. não consigo deixar de odiá-lo.
Laura pra desnuviar a mente, viaja para a sua terra natal, onde mora sua mãe. Ao chegar, sua mãe de imediato fala:
--- filha, está estampado em seu rosto tamanho sofrimento, vai me dizer o que está acontecendo.
Laura desabafou, falou detalhe por detalhe de seus tormentos e relatou que por pouco não tirou sua própria vida, só não aconteceu por causa dos filhos.
A mãe muito religiosa continuou: Laura, faz uma novena a Santo Agostinho ele é o santo que depois de sua santidade pregou muito sobre o perdão.
Parece que se deu uma iluminada na mente de Laura, voltando para sua casa começou naquele dia mesmo a novena.
Um dia ela estava no sétimo dia da novena e vê uma cena inesquecível, Josef seu marido estava aprontando para sair, o filho revoltado entra com uma serenidade que ela havia tempo que não percebia. Ele fica de frente para o pai e diz:
--- Pai, eu quero te pedir perdão o que estou fazendo está destruindo nosso lar, esse viver não pode ser assim, quero firmemente sua felicidade e pelo menos o consolo de minha mãe.
O pai tão forte e durão, nesse instante quase que desmonta. Com lágrimas nos olhos Responde:
--- Filho, eu é que te peço perdão, aliás o que fiz talvez nem tenha perdão.
E se abraçam. A paz voltou naquela casa e para completar Josef nunca mais traiu sua esposa Laura.
E voltando naquele dia do perdão, o filho sai feliz como de costume. Passam-se muitas horas e não chega em casa, depois veio a notícia tremendamente triste, ele é assassinado pela polícia, segundo o relato ele estava sendo perseguido e foi metralhado e morte instantânea.
O mundo veio à baixo novamente naquele lar, mas o perdão que houvera ali algumas horas antes do assassinato, possibilitou que o tempo cicatrizasse as feridas, era como se o perdão não houvesse aí sim a destruição seria total.
Me perdoe São João, São Pedro, os santos da Festa Junina, Mas Santo Antônio também faz parte desse enigmático mês de junho, por isso essa crônica diz muito sobre ele, aconteceu um milagre naquela família.