Asmento

ONTEM recebi um telefonema de um colega de banco que não vejo há mais de 30 anos, mas com quem não deixei de me corresponder. Quando ligou gritou: - Alô, é o asmento? Nos conhecemos num curso que fizemos em Fortaleza, no centro de treinamento do BNB. Era começo dos anos setenta e lá vai fumaça. Esse cara à noite sempre gostava de se divertir nos bares e… nas chamadas pensões que àquela época eram todas como suspeitas (tipo Bataclan ou casa da Jacutinga). Uma delas era a famosa Casa da Leila (desculpem se errei o nome). Uma noite ele me rebocou para essa casa. Fui. Em lá chegando depois de tomarmos uns Cuba libres, fomos abordados por duas morenas. Uma delas logo se entendeu com o colega e a outra ficou comigo. Antes do etc e tal ficamos naquele esquente ainda no salão. Como havia muita fumaça, muita gente e fazia muito calor comecei a ter um acesso de asma, e não havia a bombinha, fui ficando cansado e demorou para o acesso diminuir. Mesmo naquele aperreio, a morena disse rindo: - Eita macho asmento da gota serena. Foi as contas para o colega espalhar o caso e até hoje me chamar de asmento. Saudade de Fortaleza. Daudadede um tempo mais ameno. William Porto. Inté.