ÓDIO, DESPREZO E INDIFERENÇA.
Prólogo
O ódio é um sentimento intenso e carregado de emoção. Ele revela muito sobre o objeto odiado e pode ser uma maneira de estar conectado a alguém, mesmo que de forma negativa. – (Nota deste Autor).
Ódio:
O ódio exige energia, raciocínio e tempo, e pode afetar nosso bem-estar físico e mental. Jamais diga, nem por brincadeira: Odeio você!
No subconsciente de quem ouve essa supracitada frase – Odeio você! – fica gravado, a fogo, essa brutal manifestação de ódio. Ademais, o veneno destilado pelo ódio, afeta mais o amargo ressentido do que a pessoa odiada.
Desprezo:
O desprezo é uma forma de indiferença extrema. Quando desprezamos alguém, não nos importamos com sua existência. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos e não testemunhamos sua vida. É como se essa pessoa não existisse para nós.
Indiferença:
A indiferença assemelha-se a um exílio no deserto. Ela não exige órgãos físicos nem razão. A pessoa ignorada não nos afeta de forma alguma. É como se ela não estivesse presente.
A indiferença é a ausência completa de sensações em relação a alguém. Há quem afirme que, o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.
MEU CONSELHO
Se você está se envenenando, se atormentando pelo atraso que causa o ódio, a indiferença e o desprezo... Reflita! Eduque-se sobre questões sociais, culturais e históricas.
A ignorância e a intolerância muitas vezes alimenta o ódio e a indiferença. Compartilhe, em casa, no local de trabalho, informações e promova a conscientização entre seus familiares, amigos e afins.
Informe-se e lute contra a discriminação em todas as suas formas. Isso inclui racismo, sexismo, homofobia e xenofobia. Seja um aliado ativo e defenda os direitos das minorias.
CONCLUSÃO
Enfim, podemos entender que esses intangíveis sentimentos (ódio, desprezo e indiferença) podem coexistir e variar conforme as circunstâncias socioafetivas, econômicas e culturais.
Às vezes, a linha entre eles é inconsútil, demasiado débil, mas cada um tem seu impacto único nas relações interpessoais e familiares.
Conto meu exemplo: Certa ocasião, ao observar um veículo que saia de uma garagem e avisar, prevenindo o motorista que a lanterna traseira do carro estava apagada, ele me falou com o rosto crispado de ódio, desprezo e indiferença: "Sim. E dai? O que é que você tem a ver com isso?".
Nada. Respondi. Fiz o sinal da cruz e sai à francesa (risos). De certa forma o motorista estressado estava com a razão, mas entendo que para combater o ódio, o desprezo e a indiferença cada pequena ação conta. Juntos, podemos criar um mundo mais tolerante e compassivo.