O Mundo da IA
A humanidade tem enfrentado inúmeras dificuldades ao longo da sua história, guerras, catástrofes ambientais, pandemias…Em todas as partes do planeta, os obstáculos apareceram ao longo do tempo e continuam a surgir. É curioso observar, que as soluções paliativas e imediatistas apresentadas até hoje são compatíveis com a inteligência pouco desenvolvida do ser humano.
A ausência de empatia, a ganância, a vaidade, a violência, o egoísmo, substantivos abstratos que concretizam as chagas da vida. Busca-se uma economia sustentável, cria-se uma linguagem artificial de controle do pensamento, propõe-se uma quebra de paradigma através da automação.
Quais são as necessidades da humanidade?
A certeza?
Respostas prontas, rápidas e precisas?
Fico imaginando o que diriam os filósofos e os poetas…
“Depende”, palavra-chave para entender todo esse processo de reificação das pessoas. O mundo aprisionado em caixinhas de comportamentos, em bancos e cédulas, em laboratórios distantes da realidade, todos dando suporte a um mundo de aparências, sem essência, vazio.
A inteligência artificial é o futuro da humanidade. Que triste! Terceirizar o pensamento, a arte, a retórica, o discurso… Se a tecnologia consegue presentear o “espectador” com milhões de possibilidades, qual o lugar do construir? Do escolher? Do olhar artístico diante da vida?
A inteligência artificial chegou para ficar. Mas, como lidar com a IA se não conseguimos ainda desenvolver a inteligência emocional, tampouco a espiritual?
Poderei manipular uma voz, escolher os textos criados por máquinas, acender luzes, alimentar o movimento de grandes cidades, porém não aprendi a entender o meu EU, minhas as necessidades e anseios. Ainda não entendo as relações estabelecidas com familiares e amigos. Não consigo dissipar a raiva ou a vaidade instalada em meu ser.
Inteligência emocional, inteligência espiritual: conceitos para reflexão, sem certezas, nem respostas, uma porta aberta para o autoconhecimento.
De repente, ouço aquela voz insistente: autoajuda está fora de moda. Verdade, pensar é “démodé”. A humanidade humanizada está fora de moda, aliás nunca foi de “bom tom”.
Um abraço afetuoso, direto do século XXI.