Escrever é explosão, viver é milagre.

Parei de escrever porque as palavras estavam tristes demais. Não gosto que seja assim. Não gosto que o que eu emano pro outro tenha gosto de ferrugem. Queria voltar a pensar os episódios da minha vida, mas tudo parece mesmo que é um filme ao contrário.

Escrever é um ato de força, uma explosão. Um corpo que escreve, deve ser ao mesmo tempo senhor de sua ideia e servo dela. Uma ambiguidade que mora entre o levar e o ser levado. Por ora, eu não sou nenhuma dessas coisas. Por ora, eu flutuo para baixo sem nunca chegar no chão.

Viver é um milagre de um dia por vez.