O LUAR DOS SEUS OLHOS

Sabe o orvalho de que tanto a folha no galho necessita, e sem a qual pode esmaecer? Comparo-me à folha quando longe de você, e diminuo paulatinamente em essência quando o orvalho que tu és não vem a mim na madrugada.

Não é de momento carecer de você, longe disso! Sem dia e sem hora, a todo instante acontece, longe do coração regular o tempo sem você. Sabe a noite sem a doçura brilhante do luar, amante das estrelas e do mar, companhia fiel dos enamorados? Assim como ela, à sua ausência pareço completamente vazio.

Quem dera estar com você usufruindo do seu sorriso sempre, mas sendo difícil talvez até eu quisesse me igualar em analogia às folhas e à noite, pois elas pelo menos recebem o orvalho e o luar de vez em quando, periodicamente. A natureza lhes garante a rotina de quando em quando, nunca falha. Comigo o destino despreza a condescendência, nega inclusive as migalhas dos minutos que eu poderia estar com você, ter você.

A alma me diz que eu tenho milhões de opções femininas para esquecer você e sua distância. Nem ouço, maluco sem escrúpulos que é meu coração se nega a aceitar outra, nunca cansa de esperar o orvalho dos seus beijos nem o luar dos seus olhos. Nesse embate onde você é o centro da disputa amorosa a mente prefere ficar de fora, porque certamente um dia a alma ou o coração sairá vencedor, para o qual me inclinarei submisso. Essa é a sina de quem ama.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 17/06/2024
Código do texto: T8087898
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