DE ONDE VENHO
Francisco de Paula Melo Aguiar
Fui alfabetizado por minha mãe com o extinto de educar e instruir ao pé da letra, antes de frequentar a escola formal.
Assim sendo, registro com o maior orgulho do mundo de ter estudado com a professora Beatriz Lopes Pereria (Biá), na Escola Elementar Mista do Engenho Itapuá (1958/1962), onde fiz o meu curso primário, que me serviu de base para enfrentar o exame admissão ou de seleção ao curso secundário que conclui via os Exames de Madureza ou Supletivo no Liceu Paraibano e ingressei na academia e na universidade da vida até os dias de hoje.
As fotografias anexas registram as condições reais de abandono em que se encontra atualmente aquela "academia", a casa grande, o engenho e a capela de Nossa Senhora das Angústias, por mim frequentada em minha infância no final da década de 50 e inicio da década de 60 do século XX na Várzea do Vale do Paraíba, pois, naquele local funcionava uma escola primária "respeitada" que serviu-me de cobertura para as aulas de matemática (com tabuada, argumentação e palmatória), ciências, estudos sociais, língua portuguesa (gramática) e religião.
Tenho em meus arquivos ainda a fotografia da ilustre mestra "Biá", (ex-aluna, assim como mamãe da lendária professora Severina de Holanda Cavalcanti, homenageada pelo Governo da Paraíba, com o nome da Escola Estadual de Café do Vento/São Miguel de Taipu/Pb) na homenagem que prestei a mesma em 1987 na Matriz Santuário de Santa Rita e no salão nobre do extinto Santa Rita Tênis Clube na festa e baile de colação de grau dos meus alunos do COFRAG e bem assim o santinho da missa de sétimo dia de seu falecimento, ela está sepultada no Cemitério de São Miguel de Taipu/PB, terra onde ela exerceu o magistério durante muitas décadas e inclusive foi Vereadora e Presidente da Câmara Municipal na primeira legislatura daquele munícipio.
E a capela de Nossa Senhora das Angustias, do Engenho Itapuá, onde o Padre Manoel Gomes (do Pilar), fez a minha primeira comunhão em 11 de novembro de 1959, missa ainda celebrada em latim, também faz parte de minha memória afetiva.
E bem assim a vista parcial da casa grande, da capela, do sobrado do coronel Ursulino e do Engenho Itapuá, in memoriam, bem como o apito do trem que passava ao lado alpendre da escola e eu corria, assim como os demais alunos(as) para vê-lo parar no Itapuá nas suas idas e vindas da capital para o sertão e ou para o Recife e vice-versa.
É isto mesmo, não há fatos eternos, há fotos, registro fiel do que foi e continuará sendo no imaginário de quem viu para depois contar.
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Foto do arquivo de Francisco Aguiar/1987.