Xadrez e Frustração
LEIO - e sempre comento - com prazer os textos do Conde Antônio Bacamarte. Um arretado na arte da escrita e na filosofia de vida. Além do talento possui um humor corrosivo que nis levar a rir e a refletir.
Hoje ele afirmou que não aprendeu a jogar bem xadrez e que é bom no jogo de damas mas perde para a esposa, a condessa Louise. Na hora que nem caldo de cana lembrei de uma das minhas grandes frustrações: não ter aprendido a jogar xadrez, apesar do meu pai (que foi bom enxadrista) ter pelejado para me ensinar. Acho lindo um tabuleiro de xadrez, li e leio livros que no enredo há o assunto xadrez. Admiro mas jogar necas de pitibiribas. Outro detalhe (ligado ao texto do conde); joguei bem damas mas desisti porque não consegui vencer uma só partida para um carinha analfabeto que jogava futebol no nosso time.
As frustrações costumam abater as pessoas. Eu não, até rio delas. Quis ser um Capablanca mas foi só sonho, sonho lindo. Por que iria encucar?
Num cantinho de uma velha estante guardo um tabuleiro de xadrez é um violão. São enfeites. Nem aprendi a jogar xadrez e nem a tocar violão. Só vai rindo. William Porto. Inté.