CEGO OPCIONAL
Francisco de Paula Melo Aguiar
A educação formal e ou informal, isto é, a primeira "dada" na academia ou escola e a segunda na familia, na vizinhança, nas redes sociais e em todos os meios de comunicação que estão livres e disponíveis a humanidade santa e pecadora.
Então, viver em retidão é o mínimo que se presume que a família ensine ou informe sua existência e obediência a sua prole.
A escola por sua vez transmitirá conceitos ou fórmulas prontas para compor a discussão em termos de aprendizagem.
Assim sendo, "por em quanto", é o certo e "por enquanto", é o errado à luz da ortografia segundo a definição do Dicionário de Oxford Languages é o "conjunto de regras estabelecidas pela gramática normativa que ensina a grafia correta das palavras, o uso de sinais gráficos que destacam vogais tônicas, abertas ou fechadas, processos fonológicos como a crase, os sinais de pontuação esclarecedores de funções sintáticas da língua e motivados por tais funções etc".
De modo que todo(a) e qualquer professor(a) que está em sala de aula lecionando qualquer disciplina ou matéria em língua portuguesa (português, matemática, ciências, biologia, quimica, filosofia, sociologia. Língua estrangeira moderna, física, história, geografia, ensino religioso, arte, projetode vida, itinerários formativos, etc), por obrigação usar corretamente a ortografia constante da gramática do referido idioma, caso contrário a aprendizagem de seus pupilos ficará ao Deus dará, isto "por em quanto" sendo aceito como "por enquanto", dizendo que é a mesma coisa, quando o certo é certo e o errado é errado, e ponto final.
Este raciocínio de certo e de errado é válido também nas relações sociais, educacionais, judiciais, policiais, administrativas, políticas, familiares, trabalhistas, ideologias, religiosidades, esportivas, etc.
Sim! Isto mesmo, porque "o desespero mais grave que pode tomar conta de uma sociedade é a dúvida de que conviver em retidão é inútil ", segundo o escritor italiano Corrado Álvaro (1895-1956), in.: "Último Diário".
A dúvida implanta desconfiança e inutilidade o ser ciência trocando pela cultura não científica.
Nada vem de graça para ninguém, porém, coisificar ou banalizar, por exemplo, a vida com a pena de morte, no caso do "aborto" permitido ou não, isto é crime, salvo melhor juízo.
Isto é certo? Claro que é errado, assim como é errada a violência, a criminalidade, a corrupção ativa e passiva de todos agentes privados ou públicos políticos e administrativos, inclusive nos aparelhos policiais e judiciais, porque "a inveja tem olhos e a fortuna é cega", in.: "Gente de Aspromonte", de Corrado Álvaro, um dos escritores italianos mais famosos do século XX.
É cego por opção qualquer profissional do altar, da educação, da política, da administração, da justiça, da polícia, da medicina, etc, que só ver o que lhe convém.
Porque "negar a ciência é muito mais fácil que aprendê-la", no dizer do físico e filósofo argentino Mario Bunge (1919-2020).
Então, "por em quanto" ou "por enquanto"?