ENOQUE.

O que posso dizer é que havia esse homem sábio, um grande "artífice", essa era a sua definição inicial. Portanto, era ele alguém com habilidades em serviços manuais em diversas áreas. Era o tipo de pessoa que fazia de tudo, o que nos tempos modernos está ficando cada vez mais raro. O senhor dedicou-lhe amor, atenção, consideração, afeto, e o recebeu, ou seja, todo esse amor foi recebido, não desprezado, aceito de maneira completa, talvez a única. Houve um resultado da relação desse sábio com o senhor. Confesso que a compreensão do texto é difícil, leva-nos a interpretações, por vezes, especulativas.

É perceptível o impacto que esse personagem teve, conforme mostra o início do texto, ao ponto de fazê-lo testemunhar as mais altas moradas dos maiores e mais sábios e imutáveis reinos do todo poderoso. Testemunhar das maravilhas, sendo elas gloriosas e brilhantes estações de muitos olhos dos servidores do senhor, e o inacessível trono, e os graus e manifestações e hostes incorpóreas e o inefável ministério e multidão de elementos, e as várias aparições e o canto indizível das hostes dos Querubins, e a luz infinita. É um relato surpreendente de alguém cuja experiência e qualquer coisa muitíssimo fora do plano terreno, se é que posso dizer assim.

Ele continua o seu relato, segundo o personagem, depois disso, viveu duzentos anos e, ao todo, a sua vida foi de trezentos e sessenta e cinco anos. Parece-me que a contagem de anos, ou seja, o calendário da época não era como o nosso hoje. No entanto, o calendário lunar era o que prevalecia para eles. Portanto, as fases da lua influenciam não só no plantio e colheita, também na contagem do tempo. Talvez no calendário atual a idade dele seja um pouco menor, embora eu creia que não fuja muito do que mostra o relato.

Em seu livro ele disse que apareceu-lhe dois homens, extremamente grandes, como nunca se viu. Uma vez que o padrão de tamanho da época era de pessoas com baixa estatura. Ele continua dizendo que eles, os tais homens gigantes tinham suas faces resplandecentes como sol, os olhos como chamas de fogo, dos lábios saiam cantos, música e um fogo, variando na cor violeta na aparência. Os seres também tinham asas e eram brilhantes como ouro, as mãos brancas como a neve. Estes seres, ao que parecem, anjos, levou-o aos céus, onde lhe seria revelado impenetráveis coisas que foge a compreensão.

Caríssimos amigos, me refiro ao livro:

( Livro dos segredos de Enoque ), fazendo parte da coletânea do primeiro livro dos ( Apócrifos e pseudo-epígrafos da Bíblia). No total são três exemplares com vários títulos, acredito que todos os Apócrifos reunidos. É claro, não são livros usados nas igrejas por aí por não constarem no canon Judeu, contudo, segundo este despretensioso cronista que vos escreve, alguns deles deveriam sim estar na Bíblia, mas, quem sou eu para dizer alguma coisa. Alguns livros, assim como o de Enoque, prenderam minha atenção, como por exemplo: ( O primeiro livro de Adão e Eva: O conflito de Adão e Eva com Satanás). História surpreende, talvez eu fale um pouco mais sobre o assunto em breve.

Ganhei esses três volumes de presente da minha esposa, ainda não os terminei, porém, até o presente momento estou devorando página a página. Para os religiosos mais sensíveis, não recomendo, entretanto, para os leitores compulsivos e estudiosos, é um prato cheio. Como eu disse na crônica da semana passada, de férias, terei tempo de sobra para mergulhar de cabeça nesse oceano de páginas.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 16/06/2024
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