"MORTO VIVO OU VIVO MORTO?"

Quem é mais antigo vai se lembrar dessa brincadeira que praticamente hoje foi extinta da infância brasileira. Ela consistia no seguinte: as crianças faziam um círculo e uma delas de fora fica gritando: "Vivo (tinha que ficar em pé) morto (ficar agachado) e quem errasse deixava a brincadeira." Bons tempos.

Deixando de lado essa saudosa brincadeira e entrando na muita das vezes cruel e difícil vida do dia a dia, por esses dias indo embora de metrô depois de uma jornada de trabalho, me deparei com aquela tela dentro dos vagões que mostram informações, mas principalmente aquelas de pessoas desaparecidas.

Gente que desapareceu há 1, 5, 10, 20 anos e até hoje nunca foram encontradas. Já imaginaram como deve ser para um pai, mãe, avó, tio, filho ou amigo, não saber o mínimo de notícia do parente ou amigo querido? Desesperador! O pior de tudo é saber que quase 90% desses casos não são e nem serão resolvidos pela polícia seja por causa de outras demandas mais "importantes" ou pela falta de recursos e profissionais, por isso, pouco ou nada fazem.

À grande mídia, famosos com suas redes sociais com enorme poder de alcance e os programas de auditório que poderiam ajudar e muito na divulgação, não ajudam. Por que então? Provavelmente porque não dá Ibope igual dá falar, por exemplo, da dança ou da vulgaridade da Madona, Anitta ou Pablo Vittar. Além do mais não dá retorno financeiro para essas celebridades. Isso não lacra!

Enfim, para quem perdeu gente assim, ou seja, desaparecida, a morte literal certamente deve ser menos dolorosa do que um desaparecimento sem fim!😢

Danilo D
Enviado por Danilo D em 14/06/2024
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