Uma Terça Feira de Boas Notícias
Na rotina caótica que nos consome, há dias que se destacam por trazerem acontecimentos inesperados e, com eles, notícias que são um sopro de vida. Numa terça-feira qualquer, dessas que se confundem com as outras, duas notícias me alcançaram: uma já esperada, outra surpreendente, ambas carregadas de boas mudanças.
A primeira era sobre minha mãe. O tratamento, árduo e longo, finalmente mostrava sinais de vitória, um alento diante da doença que a debilitava. A segunda, uma reviravolta em um problema que me perseguia há meses, agora com possibilidades de resolução num futuro próximo. Pensava que não haveria solução até o final do ano, mas inesperadamente recebi a notícia de novos ares para o seu desfecho.
As notícias vieram como um alento em meio às incertezas que me cercavam, como a canção “Bom Tempo” de Chico Buarque, que fala de dias claros e felizes que estão por vir.
Essas notícias são uma forma de celebrar e também reconhecer nossa capacidade de resistir e encontrar motivos para sorrir, mesmo quando tudo parece cinza. Somos nós os arquitetos de nossa alegria, e devemos dar valor aos pequenos prazeres que o cotidiano tenta ofuscar.
Assim, naquela terça-feira, além das notícias recebidas, encontrei contentamento ao lado da mulher que amo, ao construir planos para o que virá em nossas vidas. E à noite, em casa, a celebração foi simples e verdadeira: uma pizza em família a três (eu, pai e mãe), e a alegria de ver o Botafogo vencer o Fluminense.
Antes de dormir, reafirmei meu amor à minha companheira, acomodei minha mãe em sua cama e lembrei de toda a felicidade vivida. É preciso valorizar esses instantes, abraçar os dias bons e buscar sentido na vida, sempre com gratidão e disposição para renovar-se. As boas notícias, os novos ventos são um lembrete do valor da vida, da necessidade de nos adaptarmos aos seus altos e baixos e, acima de tudo, de valorizar o agora que nos é presenteado.
12.06.2024