ABRAMOS AS PORTAS [SEM MEDO] PARA A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

 

            “Não é o mais forte que sobrevive,

         nem o mais inteligente,

               mas o que melhor se adapta às mudanças”

                                                         (Leon C. Megginson)

 

Odeiam muitos nest’hora o nascimento do ser qu’então a nós chega 

Seria, quiçá, por causa de su’aparência e forma?

Ou, quem sabe, tomados pela incerteza do que virá ... ser

(Ou do que poderá [aqui] ... fazer)

Muito embora acredito mais ser pelo apego ao que já existe

 

 

Meu Deus, qual a razão de tantos permanecerem em sua cegueira, e não percebem

que o mundo muda o tempo todo?

Refiro-me aos tais que optam viver no “pretérito da vida”  

A estarem [sempre] atrasados para o avião em seu embarque

E não saem do "asilo mental"

Esta maldita casa onde [n'ela] muitos preferem morar e jamais [d'ela] sair!

 

 

Pois é!

E é sempre assim:

Toda vez que que surge uma novidade, qualquer que seja, eis que que entram em

cena os seus cruéis opositores

Ou seja, os chamados “misoneístas”

Aqueles ridículos indivíduos antipatizantes ao novo

E, portanto, em função de que têm inegável aversão pelo novo, são seus maiores

adversários

Ao que não admitem qualquer transformação em nosso espaço (ou que ele seja mudado)

A serem “inimigos do novo” (pelo qu'em tal grau têm d'ele medo)

Ah! E como eles criticam os que têm uma "mente aberta"!

 

 

Porém, oh! o que não aceitam é que, por mais que não queiram, chega um

momento que [inconscientemente] a ele - ao novo - se aderem

E, assim, perdem a guerra que contra a “novidade” fizeram

Todavia, fica um consolo:

Como tudo passa “na velocidade da luz”, toda e qualquer novidade

rapidamente envelhece

E o que era novo ontem (sim, mesmo que seja há pouco tempo) ... hoje caducou

Ao qu’embranqueceu a viva tonalidade de seus cabelos d’outrora

 

 

E caminhando pelas ruas da cidade, eis que de mim se aproximaram alguns

jovens estudantes, a me perguntarem a respeito d’uma pesquisa:

- O senhor é a favor ou é contra a I.A. (Inteligência Artificial)?

 

 

Tomado, pois, de surpresa por aquela pergunta, disse para eles sorrindo:

- Responderei a vossa pergunta, porém igualmente perguntando:

Em que tempo nos encontramos?

Vocês têm medo da I.A. (Inteligência Artificial)?

A I.A. não teria sido criada justamente para nos servir e, portanto, atender

as nossas necessidades?

E agora tomo a liberdade de fazer uma crucial pergunta:

Vocês acreditam que a I.A. irá substituir o Homem?

Eu não acho

Pois bem, responderei o qu’eu dela acho, e convido-os a meditar comigo:

Eu não tenho nenhum medo da I.A.

Sim, não vejo [nela] nada de mal

Não tenho uma mente retrógrada

E se alguém comigo não concorda, eu deste modo [lhe] direi:

Para chegar ao décimo andar de um edifício eu prefiro subir de elevador

a ter que ir pelas escadas, até porque eu não sou um alpinista

Eu opto acender um fogo usando um isqueiro a ter de esfregar gravetos,

considerando que eu não sou um “homem as cavernas”

Eu prefiro mandar uma mensagem por e mail do que enviá-la pelos Correios,

sobretudo se desejo que ela chegue rapidamente [à quem eu quero]

Se eu saio do Rio [a viajar] para São Paulo eu prefiro ir de avião (ou mesmo

de carro) e não em cima do lombo de uma mula ou de um jegue

E se eu escolho usar o meu cartão de débito [na realização de pagamentos]

é porque não quero andar carregando “dinheiro em espécie”, e até porque é

bem mais seguro desta forma

Pois bem, como perceberam, eu não tenho uma mente ultrapassada

Sim, posso ser mais velho que vocês, mas não sou antiquado ou bitolado

Procuro me atualizar [sempre] a conversar “a língua da época” [onde nela m'encontro]

Não sou primitivo como tantos tolos “conservadores”, estes que são, na verdade,

cegos para toda e qualquer novidade

Sou maduro, porém jamais “arcaico” ou caduco

Se hoje eu sei que a Terra é redonda, e não plana (conforme muitos antes

acreditavam), é por causa da Ciência

E se no atual tempo é sabido que a matéria (sendo inclusive nós mesmos) é “energia

condensada”, à qual constantemente se transforma, devemos também à Ciência

 

 

Compreendam bem, meus queridos jovens:

Já houve um tempo onde se acreditava que doença era “castigo de Deus”

Assim como muitas delas eram dadas como incuráveis, mas que nos atuais

tempos não somente têm tratamento, como também cura

Nasci n’um tempo onde não se acreditava que o Homem jamais pisaria na lua,

e hoje muitos ainda vivem na Idade da Pedra

Ah! Pelo amor de Deus

Já não vivemos mais no período em que se acreditava em lendas, em fábulas,

em mitos...

Contudo, muitos ainda preferem estar apegados às suas fantasias

E veem em qualquer novidade um mal, sim, como inimigas do mundo

Não,eu não, não penso como estes ignorantes

 

 

Bem, se vocês me perguntaram o qu’eu penso da I.A. (Inteligência Artificial)

resumirei tudo o que anteriormente disse n’uma em poucas palavras

Eu prefiro a modernidade

E eu detesto museus

E a única coisa velha a ser melhor que o novo é um bom e saboroso vinho!

Então, um viva a Baco, o velho deus do vinho (da ebriedade), da boemia (dos

excessos) e das festas

 

 

13/06/2024

 

IMAGENS: FOTOS PESSOAIS