APENAS ISSO
Eu reflito sobre a subjetividade do medo quando a situação perigosa se nos depara em determinado capítulo de nosso viver. Trata-se de um sentimento sempre latente nas profundezas da alma que salta de seu esconderijo quando é oportuno e menos esperamos? Ou um sentido instintivo de sobrevivência que toma conta da emoção ante possibilidades nefastas iminentes?
Será mesmo que o temor é abstrato como tudo que nos acomete no âmbito do imponderável e só invisível, e tão-somente podemos senti-lo sem qualquer maneira de apalpa-lo? Sem dúvida é factível definir o medo no bojo dos substantivos que sabemos existir sem contudo vê-lo. Uma reação da adrenalina em ebulição nos trás a percepção do surgimento do pavor repentino provocado por algo ou alguém que nos surpreende, somente, embora conheçamos seus desdobramentos subsequentes. Como se vê, permanece a subjetividade.
E por que precisaríamos descobrir se ter medo num evento assustador tem algo de concreto ou intangível, que importa isso? O tema nada mais é que filosofia inútil, nada ganhamos nem perdemos indo a fundo nesse tema, é mero enchimento de linguiça, apenas escrever por escrever sem nenhum objetivo. Está crônica, portanto, se mostra tão subjetiva quanto a subjetividade do medo. Laboratório literário, exercício de aprimoramento da escrita, simples assim.