CLÃ DE MADAI (Gênesis 10:2)
OS MEDEOS foram nobres guerreiros que se instalaram no planalto iraniano desde 2000 a.C., e desde quando assimilaram a cultura indiana, formaram a dinastia aryana do que viria a ser o Império Aquemênida de 550-330 a.C. por linhagem materna. Por isto se diz até hoje que o Império Aquemênida foi o império medeo-persa, um período persa entre dois períodos medeos.
O Império Aquemênida tinha uma política tributária de tolerância cultural que concedia autonomia política sobre os povos vassalados elamitas (persas), gútios (curdos), e indianos, além de herdar uma religião unificada sob seu Profeta Zaratustra no sétimo século a.C. que pregava uma disputa cósmica entre o Deus do Bem (Ahura-Mazda) e o Deus do Mal (Angra-Mainyu) até a vitória do Fogo Sagrado sobre as trevas profanas. Tal religião pós-védica foi um prelúdio do Alcorão Sagrado adequado ao povo da época, segundo a Divina Providência.
Durante o mundo feudal árabe d.C., o Grande Irão foi o coração de sucessivos impérios muçulmanos.
As prolongadas Guerras Bizantino-Sassânidas, principalmente a guerra de 602-628 d.C., bem como o conflito social dentro do Império Sassânida, abriram caminho para uma invasão árabe do Irã no século VII. O império foi inicialmente derrotado pelo Império Árabe. Seguiu-se um processo prolongado e gradual de islamização imposta pelo Estado, que teve como alvo a então maioria zoroastriana do Irã e incluiu perseguição religiosa, destruição de bibliotecas e templos, uma penalidade fiscal especial (jizya) e a mudança do idioma oficial.
O século X viu uma migração em massa de tribos turcas para o planalto iraniano, até a formação de sucessivos sultanatos turco-persas muçulmanos sunitas, destacando-se o Império Seljúcida (1037-1194 d.C.).
A florescente literatura, filosofia, matemática, medicina, astronomia e arte se tornaram os principais elementos na formação de uma nova era para a civilização iraniana, durante um período conhecido como Idade de Ouro Islâmica, que atingiu seu auge nos séculos X e XI, durante a qual o Irã foi o principal teatro de atividades científicas.
Em 1501 d.C., Ismail I tomou Tabriz, a qual fez a sua nova capital, e tomou o título de xá. Os safávidas proclamaram o islão xiita como a religião estatal e através do proselitismo e da força converteram a população a esta doutrina religiosa.
A modernização do Irã iniciou-se no reinado de Naceradim Xá, durante o qual se procura lutar contra a corrupção na administração, assistindo-se à fundação de escolas, abertura de estradas e à introdução do telégrafo e do sistema postal. A aspiração por modernizar o país levou à revolução constitucional persa de 1905-1921 d.C. e à derrubada da dinastia Cajar, subindo ao poder Reza Xá Pahlavi. Este pediu formalmente à comunidade internacional que passasse a referir-se ao país como Irã e não mais Pérsia.
Em 1941 d.C., durante a Segunda Guerra Mundial, o Reino Unido e a União Soviética invadiram o Irã, de modo a assegurar para si próprios os recursos petrolíferos iranianos. Os Aliados forçaram o xá a abdicar em favor de seu filho, Mohammad Reza Pahlavi, em quem enxergavam um governante que lhes seria mais favorável. Em 1953 d.C., após a nacionalização da Anglo-American Oil Company, um conflito entre o xá e o primeiro-ministro Mohammed Mossadegh levou à deposição e prisão deste último. O reinado do xá tornou-se progressivamente ditatorial, especialmente no final dos anos 1970 d.C.. Com apoio estadunidense e britânico, Reza Pahlavi continuou a modernizar o país, mas insistia em esmagar a oposição do clero xiita e dos defensores da democracia.
A Revolução de 1979 d.C., mais tarde conhecida como "Revolução Islâmica", começou em janeiro de 1978 d.C. com as primeiras grandes manifestações contra o xá. Após um ano de greves e manifestações paralisando o país e sua economia, Mohammad Reza Pahlavi fugiu para os Estados Unidos e Ruhollah Khomeini voltou do exílio para Teerã em fevereiro de 1979 d.C., formando um novo governo. Depois de realizar um referendo, o Irã tornou-se oficialmente uma república islâmica em abril de 1979 d.C.. Um segundo referendo em dezembro de 1979 d.C. aprovou uma constituição teocrática.
OS AFEGÃOS pashtuns do mundo feudal árabe d.C., descendem dos medeos “aryanos” do mundo metálico védico a.C.; OS TAJIKS, desde o mundo feudal mongol d.C., descendem dos medeo-turcos.