A ESCADA DA CONQUISTA

Acreditou.

Achou que daria certo.

Esperou, mesmo sem paciência.

Confiou em seu processo, o primeiro tropeço.

Desacreditou.

Cansou da caminhada.

As suas pernas o derrubou.

Sofreu em seus próprios devaneios.

Com quem partilhar?

Quem ouviria seu pesar?

Quem saberia quais palavras usar?

Quem entenderia pelo que estava a passar?

Sentiu desânimo.

Depressão bateu à porta.

Na agitada festa das mazelas,

Ansiedade e agonia fizeram-se presentes.

No túnel, escuro estava.

A luz não via, mas caminhava.

Flagelos do percurso furavam feito espinhos.

Máscaras ao chão, vozes que zombavam, algazarra dos algozes.

Tempo curto.

Muito a se fazer.

Trabalhar durante dia.

Estudar cansado, após escurecer.

Mas aos algozes disse:

Sobre mim não têm poder.

À algazarra e zombar de suas vozes,

Agradeceu, porque forte, fizeram-no ser.

Na escada da vida.

Os algozes são degraus.

Conquistou com muita luta.

Esforço e fé em despertar o potencial.

O menino que sonhava.

Vê-se em posse da sua vitória.

Hoje adulto, alcançou o tão sonhado.

Realizado e orgulhoso, professor formado.

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Depois de muita luta, hoje cedo, ao abrir o site da universidade, vi que finalizei a última etapa do processo para concluir minha licenciatura em letras vernáculas. Esta poesia foi inspirada nesta conquista, na realização deste grande sonho que teve participação do recanto das letras, pois os textos que aqui publico foram utilizados como carga horária complementar do curso, que foi a única coisa que faltava para concluir essa jornada. Compartilhar essa poesia é minha forma de agradecer ao escritor que me apresentou a plataforma e aos meus colegas escritores e leitores. Gratidão!

José Marcus de Andrade
Enviado por José Marcus de Andrade em 12/06/2024
Reeditado em 12/06/2024
Código do texto: T8083994
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