Crônica do dia dos namorados
Hoje, dia dos namorados, queria escrever algo bonito, impactante, que no final você lesse e dissese com esta voz suave, voz esta com gosto de brisa em final de tarde quente: " Que lindo amor!".
Sinto que não vai sair nada. Queria ter a poesia de Adélia Prado, Cecila, Coralina... Queria ter a sensibilidade de Caetano na canção "Você é linda"
" Você me deixa a rua deserta quando atravessa"
As vezes fico a imaginar você em São Paulo caminhando para o seu trabalho, atravessando aquelas ruas empilhadas de gente e eu numa janela, escondido atrás de uma curtina vendo o verso de Caetano se personificar: você , com toda sua beleza, sua graça à desertificar as ruas, as avenidas.
Dizer que te amo, que vocé me é de grande valor, que seu beijo é mais saboroso que as frutas cantadas por Alceu Valença na canção " Morena Tropicana" é não ser criativo, com certeza não vou conseguir ouvir de você ao final da leitura: " Que lindo amor!"
Não me importa não ouvir "que lindo amor!", o que me importa é dizer: como você é linda, amor!