Lágrimas de mãe
Num ônibus, indo para o centro , o telefone toca, uma senhora a minha frente, de blusa rosa com flores brancas e ramos azuis marinho, com saia branca e lostras azuis marinho atende e começa a falar.
- alô, diga meu filho.
A ligação me pareceu da penitenciária, pois ela continua...
-meu filho você está bem?..
Do outro lado respondeu:
- sim
-oh meu filho...não deixaram eu entrar, porque informaram, que houve uma rebelião. Mataram alguns detentos.
Graças a Deus, que você está vivo. Temo por você....
Sem se conter começou a chorar copiosamente...
Ao perceber-me, talvez com vergonha procurou se conter.
Desconfiada quase olhou para traz pra saber se eu estava prestando a atenção a sua conversa, que logo despiste.
Mais um.ppuco seguiu falando:
-filho você também mesmo.
Ainda pude ouvir ele dizer:
-sim...mataram uns aqui, mas foi de outra ala.
Ela falou qualquer outra coisa e sem mais dizer inibida, cabisbaixa se despedia e calou.
Seguio no ônibus calada com as lagrimas mascaradas na pele, gradativamente limpadas como o para brisas das mãos.
Olhou repentinamente ainda incabulada, com os olhares ao redor...
Sem levantar, aproveitou a parada do onibus, que outro passageiro solicitou ao inssistir no aviso ao motorista, pra descer.
Pois o lotacao bastante envelhecido, que a adriça nao funcionava e os passageiros ficavam na bronca.
Enquanto ela, com a sua dor e lagrimas furtivas descia ainda agoniada, com uma sacola transparente contendo um quilo de açucar, arroz, farinha, cigarro e umas camisas de malha.