O carrossel da vida
Lá estava ele!!!!! Como era um dia nublado e fazia frio mesmo usando calça e blusa era revestido por roupão azul. Ao lado a garrafa de água quente que alimentava sua cuia de mate. Olhar fixo na vereda já que sua varanda no primeiro andar era ponto ideal e abrangente para visualizar com nitidez. Se via cavalgando pelos campos, sentia o vento tremular o lenço vermelho envolta do pescoço, e a leveza de seu corpo naquele galope era amortizado na cela coberta por grossos pelegos e baldrames enfeitados com argolas prateadas. Nesse trote oras ouvia as batidas das patas do pangaré naquele chão firme, e oras sentia o aperto da morena abraçando-o deixando ser roubada para ir no morar no rancho de um pião de estrada. Uma névoa embaça seus olhos logo sente as gotas quente escorrerem na face, e dá mais uma chupada na bomba e alças o balançar a cadeira de fio busca suspirar fundo pra ninguém perceber que velho gaúcho esta chorando de saudade.