MACRON, O ESPERTINHO
Em virtude da humilhante derrota sofrida mas urnas, isto é, o povo expressando seu firme desagrado com os devaneios socialistas de Macron, este, no semblante um ar misturando abatimento e raiva, anunciou em cadeia nacional a dissolução do parlamento francês. Perdendo ante a vontade soberana popular, ele apelou para dispositivo constitucional raramente utilizado ao longo da história de seu país.
Homens como ele, de cujas ideias não abrem mão mesmo se os eleitores discordem delas, jamais aceitam rejeição. Em seu íntimo talvez pensassem ser invencíveis, ou muito amados mesmo adentrando caminhos conflitantes com quantos lhe confiaram o poder, mas se não são e a nação deixa isso bastante claro, partem para o abuso ou apelam aos recursos com ranço antidemocrático.
Seguindo essa premissa, indisposto a reconhecer a batalha perdida, deu uma de esperto e assombrou o mundo de certa forma. Em sendo assim, quem foi eleito por sufrágio democrático, ou seja, cada votante escolhendo segundo a própria consciência, não vai assumir. Qual será a reação dos franceses diante dessa atitude macroniana? Novas eleições foram marcadas por ele para 30 de junho em primeiro turno e 7 de julho em segundo.
O caldeirão vai ferver? Resta esperar. Importante registrar que a guinada da esquerda para a direita foi fenômeno praticamente continental, outros países da Europa também optaram pela direita em detrimento dos ideais da esquerda. Notícia mais alvissareira não poderia haver.