Falando de amor
A maioria das pessoas são apaixonadas por histórias de amor. Há quem diga que não mas, quando o amor verdadeiro chega, sempre têm lugar certo em nosso coração. É bem verdade que de uns anos pra cá o amor têm sido banalizado ao extremo. Estão chamando toda espécie de lixo de “amor”. Alguém me ajude entender isso, porque até o lixo precisa ser reciclado e, dizer que todos tipo de relação é baseada em amor, aí já é demais. Não reciclam, não separam o que realmente é puro e saudável. Resultado: Casais tóxicos e abomináveis se enfrentando com sentimentos doentios classificados como “amor”. O amor não merece ser comemorado assim.
Mas falemos de amor verdadeiro, àquele que dá sentido a vida e, que nos enche de graça, alegria, saúde e vontade de ir além! Mas também do amor centrado como explicava bem Vinícius de Moraes: “A vida é a arte do encontro, embora aja desencontro pela vida.” Conheci meu marido há muitos anos e éramos apenas amigos. Nossa vida deu uma volta enorme em um ângulo de 90 graus. E, quando eu estava já cansada de sofrer em relacionamentos que me tiravam as forças, resolvi viver minha vida sozinha por bons anos, ele reapareceu e, aí resolvemos nos unir. Ele também já estava cansado de sofrer pela vida afora. Então sempre que me deparo com essa frase de Vinícius, percebo o quanto ela se encaixou em minha vida. Sempre há tempo para consertar, mudar... Sempre há chance para o amor.
O problema é que as pessoas são ansiosas e querem desesperadamente carregar um status no Facebook de “em um relacionamento sério” quando, na verdade conheceu a pessoa no dia anterior e aí, fica difícil pois o tal namoro não vinga e a pessoa fica frustrada, até some das redes sociais com vergonha.
Sim, eu sei o que é quebrar a cara. Já quebrei não só uma vez mas, várias vezes. Sempre naquela minha mania de me doar demais e enxergar "brilho de conto de fadas" nas coisas. Mas cresci e deixei de ser a lagarta que eu era. Eu não entendia que nenhum relacionamento vem pronto, que era preciso erguer tijolo por tijolo, diariamente e, que as duas partes precisavam estar dispostas a isso. No meu caso, só eu estava disposta e aí, pronto! Desmoronava tudo! Virava pó meu “castelo de ilusões”.
Com o tempo e com a idade entendi que não existe fórmula para o amor. Não têm como fazer uma mágica para ele dar certo. Apenas, os dois estarem dispostos que a relação dê certo. Têm dias que a relação está ótima, tem dias que parece que tudo está sem sabor. Cabe cada um regar, pois nem todo dia são flores. Regar é preciso para que surjam novas flores. Nosso coração é um jardim e, se existir paixão desenfreada dentro dele, logo morre porque a paixão envenena a alma. O amor nutre a cada dia. Ele nos ensina a exercer a empatia com o outro. Quando somos empáticos conseguimos nos colocar no lugar do outro. Criamos coragem para pedir perdão e recomeçar. Quando existe amor!
É uma grande batalha mas, vale a pena amar pois é o melhor sentimento que existe. Aí você me pergunta: “E quem não tem namorado, marido e etc? Quem está sozinho faz o que da vida?”
Aproveite para se conhecer melhor, sem pressa de arrumar qualquer coisa por aí. Eu curti muito tempo de mim mesma na solteirice e, garanto que foi uma época maravilhosa de aprendizado. Até hoje às vezes faço isso de ficar um pouco só.
Enfim, como disse Oscar Wilde: “Amar a si mesmo, é o começo de um romance pra toda vida.”