ADULTOS HIPÓCRITAS!

"Esse menino não saí do celular. Essa menina não saí das redes sociais. Esses adolescentes não saem do video game." Quase todo adulto gosta e, muita das vezes é necessário, dizer essas coisas das crianças, jovens e adolescentes. "No meu tempo nós éramos mais felizes. No meu tempo brincávamos mais. No meu tempo se brincava na rua. No meu tempo isso, no meu tempo aquilo outro," e assim vai.

Sim, é verdade que antes do advento da internet os relacionamentos eram infinitamente mais próximos e intensos. Qual criança que você vê hoje em dia brincando, por exemplo, de polícia e ladrão, esconde esconde, beijo, abraço e aperto de mão, três dentro e três fora, taco, bolinha de gude ou pião? Quase nenhuma. Talvez, ainda se veja nos interiores Brasil à fora, mas nas capitais é bem provável que não. Porque a tecnologia como uma areia movediça engoliu tudo ou quase tudo que é tradição.

Vivemos em um mundo hiper, mega, power conectado. Somos capazes de "em um único" dia visitar o Brasil, Japão, EUA, Inglaterra, etc, com apenas alguns cliques." Algo inimaginável há 30, 40, 50 anos onde as coisas eram extremamente locais pouco nacionais e nada internacionais. Foi só com a famosa globalização aliada a tecnologia que possibilitou evolução.

Para os saudosistas, péssima notícia, pois nunca mais será como antes. Para os modernos e evolucionistas, ótima notícia: a hiper conexão não irá parar por aqui. O mundo tecnológico ainda trará muitas surpresas. No entanto, o interessante de tudo isso é que para muita gente adulta a tecnologia é um problema apenas para os mais novos. Porque adultos e idosos nem ligam para ela. Engano! Nós somos iguais ou até mais conectados (para não dizer viciados) do que eles.

Você "pega" transporte público e o que mais se vê é adulto ou idoso com celulares nas mãos assistindo séries, novelas, filmes, mexendo no Instagram, whatsapp, vendo memes, etc. É raro vê alguém lendo um livro físico, olhando para o nada ou conversando sem estar olhando para o celular. Você vai ao shopping, cinema, show, eventos esportivos, etc, é a mesma coisa.

Conclusão: É fácil apontar o dedo para os mais jovens em relação aos celulares, videogames, etc. Difícil é apontar para nós, adultos que a semelhança deles (ou pior) também somos viciados ou melhor: "tecnologizados." E eles ainda tem "uma desculpa:" nasceram nessa época já nós não!🤷🏽‍♂️