O ESCÂNDALO DO IPHONE 15
A cena chocante que vi hoje através de vídeo no Instagram agigantou minha perplexidade e abalou a esperança de um futuro promissor para a nossa nação. Decidi rever a postagem três vezes para ter certeza de que aquilo acontecendo diante dos meus olhos era real. Desnecessário, era sim, estava tudo lá.
O mais alarmante e impressionante da coisa foi acreditar que a personagem principal da trama tinha exatos vinte anos
Nessa idade eu já tinha sido aprovado em concurso nacional do Banco do Brasil e prestes a tomar posse na agência que me tinha sido designada pela direção geral da instituição. Aquela jovem, por seu turno, protagonizava um espetáculo deprimente, escandaloso, chulo, inesperado e inexplicável.
A causa do escândalo, ocorrido num shopping, mostrava a moça de vinte anos se jogando no chão feito criança birrenta de cinco anos porque a mãe dela havia comprado um iPhone 13, mas a mal agradecida exigia por fina força o iPhone 15. Enquanto a pirralha adulta, imaginem só!, esperneava no chão gritando que queria de qualquer maneira o mais recente lançamento do iPhone, a pobre da mãe com voz humilde respondia não ter condições financeiras para adquirir o objeto mais caro acirrando ainda mais a fúria da garota.
As testemunhas da marmotagem performática daquela jovem desmiolada, horrorizadas e atônitas, balançavam a cabeça sem conseguir aceitar o dantesco da atitude dela, algo inaceitável, impróprio e indecente. O comportamento infantil, no tocante a ela alcançando as raias do imperdoável, certamente não condizia em nada com alguém da sua idade.
Dei por mim, ao olhar o vídeo com tristeza, refletindo e me perguntando o que se passa na cabeça de vento de parte dessa geração sem escrúpulos, sem rédeas, sem educação, mimada ao extremo, que não trabalha nem estuda e se acha em pleno direito de abrir o berreiro (uma mulher de vinte anos!) se não lhe satisfazem a "suprema" vontade.
No meu tempo de menino a palmatória funcionava, aliás nem sempre os pais apelavam para o artefato, bastava um olhar sério, ameaçador e duro para silenciar a mínima tentativa de rebeldia. Hoje é proibido aos pais repreender e/ou impor castigo seja qual for a situação comportamental da prole. Toma o resultado!