O Planeta dos Macacos
Na melhor cidade da América do Sul, dizia a música ... enquanto Luísa assistia com o seu pai a estreia de o Planeta dos Macacos , o Reinado.
Em pleno século vinte e um, longe de qualquer periferia, num shopping chique, quando se pensa que já viu de tudo, sempre falta um pouco. E esse, as vezes é o diferencial humano... húmus sapiê, ou simplesmente homens ainda em evolução.
Tão certo, como atento ao filme, estávam indo a cavalo com o macaco,
quando na ala esquerda- tinha que ser na esquerda, duas familias se desentederam.
Um dos adultos mandou o filho do outro adulto calar a boca e aí, a coisa desandou, mesmo com os apelos das crianças, em prantos e nervosas.
Aqueles homens ferozes, foram as vias de fato, como a encorporar os atores, foi uma atuação digna de incivilidade a externas aos filhos, mesmo com as pessoas pedindo pra eles pararem.
Nesses tempos do fim, uma moça correu em direção a porta, com o desespero aplacado na face, enquanto outras longe da situação solfejaram gritos de medo, que toda aquele barraco. Barraco?... vamos tornar chique, confusão as deixou abaladas. Umas faziam alaridos, outras choravam e Luísa ficou muito nervosa.
Todavia foi o pai de luisa que, vendo toda aquela situação, como o Cezar do filme, mesmo ela se sentindo abandonada, como ela dizia, sem abandonar, como ele frisou depois, teve o devido susseso em correr pela pacificação e foi falar com o jovem da portaria:
- ei moço, você pode chamar a segurança ou vir aqui, pois estão brigando na sala de projeção.
De sobressalto, pela cara do rapaz ele deve ter estranhado, pois assim como ele, o pai de Luísa, nunca havia presenciado tal ocorrência.
E ele completou:
- vou chamar os seguranças e o bombeiros.
Voltando pra sala o filme seguia normalmente, mas os animos estavam acirrados e, quase todos que estavam assistindo pacificamente saíram de seus lugares e ficaram em pé, encostado na parede, segurando seus pertences. Quando adentrou o moço da portaria, o gerente, acredito do shopping , os seguranças, os bombeiros civis e a polícia...
O filme parou, as luzes acenderam e o suspense tomou conta das cadeiras e dos cinexpectarores, quando o policial imponente perguntou:
- quem está brigando?
Um silêncio arrumou o jeito, os olhares já indicavam, quando alguém na multidão falou:
- são esses da esquerda, lá em cima.
E as crianças chorando, no centro da discussão, que acalourou de novo e os culpado desceram cada um com sua família, mesmo sem serem intimados...ninguém foi algemado, mas foram aconselhados a saírem do local.
Pedido de desculpas do moço da portaria em nome do Cinemarx e lá pelas vinte e duas daquela noite, o filme recomeçou.
A meia noite e meia, acho, pois até o relógio parou, terminou o filme com um casal representando a empresa cinemarx doando pra cada um, cortesias para outro filme.
Será, que eu vou assistir?...convido você a vir comigo sentir a emoção também do lado de fora.