Li um artigo sobre o uso de I.A. e os inúmeros problemas e facilidades, o bom e mau uso. Algo que não será o assunto para o momento nessa crônica. O que me espantou foi ler sobre Zackary Scholl, que criou um programa para gerar poemas. Uma vez criado, enviou um exemplar feito pela I.A. para uma das revistas literárias mais conceituadas. E foi selecionado. Ainda que tenha sido criado pela I.A., é de uma beleza espantosa! Veja:
Para o toco do pinheiro
Um lar transformado pelo raio
as alcovas equilibradas sufocam
essa terra insaciável de um planeta, a Terra.
Eles a atacaram com chifres mecânicos
porque te amam, amor, com fogo e vento.
Você diz, o que o tempo espera de sua primavera?
Eu digo que espera pelo galho que floresce,
porque tu és arquitetura diamantífera de doce cheiro
que não sabe por que cresce.
Inacreditavelmente belo!
Não estou dizendo sobre substituições, valores, ética, sentimentos humanos e suas criatividades etc. Falo sobre a construção espantosa feita por uma máquina que, mesmo que não alcance com profundidade os sentimentos humanos, seus limites estão cada dia mais superáveis.
E você, o que acha disso?