SORRISOS E LÁGRIMAS

Geralmente quando o sol não aparece sorrindo ao amanhecer é porque talvez o céu chore. Por vezes, lágrimas intensas desse pranto descem das nuvens, apenas molham o chão ou em algumas ocasiões acabem inundando os espaços humanos. É fato notório que nós precisamos tanto do sol quanto das águas celestiais, porque a vida em sua totalidade depende de ambos. Mas como em todos os aspectos da existência o equilíbrio é essencial.

O problema acontece na medida em que o ser humano mete os pés pelas mãos e provoca o caos, causando com seus erros e ganância o desequilíbrio natural milimetricamente projetado por Deus. Então explode a desarmonia na natureza causando extremos, de repente o sol resplandece demasiadamente sorridente ou quando menos esperamos o céu chora prostrado numa profusão de lágrimas .

Havendo a ocorrência desses dois fenômenos é simplesmente impossível conter um e outro, e as consequências são realmente desastrosas. Infelizmente o homem não se emenda de jeito nenhum, faz e desfaz a seu bel prazer mandando às favas o resultado dos atos impensados. Na subsequencia contínua, conforme já sabemos, sofrem culpados e inocentes.

Tem solução? A resposta, se houver, não sairá dos meus parcos conhecimentos a respeito do assunto. Sou apenas delineador dos embates, registro nas crônicas do tempo os rumores e as ocorrências de que sou testemunha ou das que ouvi falar ou li em algum lugar.

A propósito, hoje por exemplo aqui em minha cidade o sol fugiu da chuva se escondendo nalgum esconderijo aí pelo Universo, nada dele sorrir para nós, abrindo assim pleno espaço para o amontoado de nuvens se debulhar num chuveiro intermitente. Graças a Deus são as costumeiras chuvas de verão anuais, pela população local chamadas de período do inverno e tão importantes para nossa agricultura. Vislumbra-se no ar a possibilidade de fartura de pamonha e canjica nos festejos juninos. Ressalto que ontem o sol passou o dia sorrindo, para equilibrar tenho a forte impressão que hoje o céu chorará o dia inteiro.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 04/06/2024
Reeditado em 04/06/2024
Código do texto: T8078210
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