LIBERDADE

Decididamente está no DNA de todas as criaturas viver em liberdade, as aves de voar, os humanos de ir, vir e se expressar, os animais de percorrer seus territórios a qualquer momento que assim instintivamente queiram e os demais bichos de espécies exóticas ou não de correr mundo afora. Nada mais inerente à existência. Podemos então afirmar que cercear o livre arbítrio do ser vivo de circular alegremente aqui, ali e alhures é a mesma coisa que tirar-lhe a vida.

Tire a liberdade dos pássaros e verá a tristeza em seu canto, o trinado que emitem nas gaiolas traduz um misto de agonia e saudade de voar, de fazer exclusivamente a própria vontade. De igual forma, sem nenhuma exceção, engaiole qualquer outro indivíduo, inclusive os enfermos, então aos poucos ele definhará ao ponto de entregar-se à morte. Excetuando, claro, os contumazes em cometer crimes habituados às grades e ao sol nascendo quadrado.

É certo que a privação da liberdade de quem fere a lei em detrimento de seus semelhantes se mostra necessária, o castigo previsto nos códigos de conduta são freio inegociável se a convivência em sociedade de alguém ganha contornos perniciosos fazendo-o incapaz de socializar entre as pessoas de bem. Ninguém está acima da Lei, portanto quantos ultrapassem os limites da própria liberdade ferindo o direito alheio infelizmente está sujeito a responder por seus atos e, por consequência, perder o precioso bem da liberdade.

Mas a liberdade é muito mais ampla do que apenas ir e vir, falar, escrever, cantar livremente entre outras formas de expressão, desde que nos quadrantes restritos previstos no ordenamento jurídico e preceito básico de um Estado de Direito. Ir além faz o sujeito passível de sanções legais.

Liberdade garante praticamente tudo, contudo não cabe esquecer que estrapolar esse direito provoca a reação natural do ofendido. Nesse caso, em havendo conflito judicial, a demanda será decidida por um juíz cujo veredicto culminará ou não em perda do direito de ser livre por um período determinado em Lei. Ter liberdade, como vemos, não permite o impossível, mas se obedecidas as normas sociais comum a todos todos nós que nascemos livres também morreremos livres.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 02/06/2024
Reeditado em 02/06/2024
Código do texto: T8077102
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