UM OLHAR SOBRE O NARCISISMO NATURAL
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UM OLHAR SOBRE O NARCISISMO NATURAL
Espero que a mensagem seja acolhida por você, caro leitor.
Há dias em que os murmúrios da cidade parecem ensurdecer. Entre buzinas, passos apressados e vozes que ecoam em cada esquina, percebo como é fácil perder-se nesse mar de sons. Na correria diária, esquecemos de olhar para dentro, de reconhecer nossa própria importância. E foi num desses dias, entre um café rápido e um olhar distraído pela janela, que pensei no narcisismo natural.
Não, não falo daquele narcisismo que exalta o ego de forma egoísta. Refiro-me a uma autovalorização saudável, um reconhecimento do nosso valor intrínseco, algo que, ironicamente, é essencial até mesmo para lidar com aqueles que nos veem como inimigos. Talvez o Criador tenha pensado nisso quando decidiu agir por todos.
Desconectar-se um pouco, afastar-se do que mais amamos por alguns instantes, pode parecer contraintuitivo. Mas é nesse afastamento que ouvimos nossa própria voz, num sussurro quase imperceptível. Foi assim, num desses momentos, que percebi as pequenas maravilhas que carrego dentro de mim, muitas vezes abafadas pelos ruídos do dia a dia.
Lembro-me de um fim de tarde, quando sentei no banco do Parque Jardim Botânico, em Curitiba-PR, longe do tumulto. O silêncio ao meu redor permitiu que eu me ouvisse melhor. Era uma melodia tranquila de autocontemplação. Esse instante de narcisismo natural trouxe uma clareza inesperada, uma aceitação que só o autoconhecimento pode proporcionar.
Esse equilíbrio entre o mundo interno e o caos externo é vital. Valorizando nossas necessidades e sentimentos, encontramos plenitude. O narcisismo natural, afinal, não é um culto ao ego. É um amor próprio que nos fortalece, permitindo que amemos e sirvamos melhor ao próximo. É a base para um relacionamento saudável conosco e com o mundo, lembrando-nos que o autocuidado é o alicerce de uma vida plena e harmoniosa.