Sobre livrófilos e homofóbicos extremos

Não é uma relação absoluta, mas parece ser relativamente comum, especialmente no segundo caso...

Então, temos o pseudo heterossexual, o homofóbico extremo, que faz de tudo para convencer os outros e a si mesmo de que é totalmente heterosexual e não um provável bi ou homossexual enrustido. Por isso, ele capricha em sua atuação, enquanto que, internamente, continua a sentir uma atração forte e natural pelo mesmo sexo... (E, às vezes, ou com frequência, a extravasa em encontros discretos).

E também temos o pseudo intelectual, que ou aquele que também investe em sua aparência, mas almejando convencer os outros e a si mesmo de que é um verdadeiro intelectual e não um ignorante e tolo que não sabe pensar por conta própria, de maneira racional ou sensata e que sente uma necessidade narcísica de se sentir e ser visto como mais inteligente do que "as massas". Por isso, ele capricha em sua indumentária de falsário da sapiência e duas maneiras típicas de fazê-lo é pela adoção acrítica de ideias, posicionamentos e pensamentos dos "bien pensants" (que estão "na moda") e pela aquisição compulsiva de livros, muitos que lê uma ou duas vezes e sequer entende, de maneira mais precisa, suas propostas ou significados, provavelmente porque sua indução ou doutrinação ideológica tende a prejudicar sua capacidade contextualizá-los em cenários reais, especialmente os de natureza política e estilo mais sutil (que não criticam apenas um lado do espectro político), tal como A Revolução dos Bichos e 1984, obras geniais de mesmo autor (George Orwell). Mas também porque o mais importante para esse tipo é aparentar e não de fato ser (ainda que também possa ser do tipo menos cínico e chegar a confundir o aparentar com o ser).