Jornal impresso e futebol de campo

 

Hoje cheguei na Turfe Coffee e já havia jornal impresso pra vender. Na realidade, desde sábado tinha, mas não sabia. Logo, foram 21 dias de ausência, eis que foi na sexta-feira 3 que a enchente impossibilitou a distribuição da capital pra cá.

 

Na capa, o futebol que recomeça, pois o Inter jogará esta noite em Barueri pela Sul Americana - O Grêmio amanhã, em Curitiba, pela Libertadores. Os dois episódios - o jornal e o futebol - são bem indicativos de sobre como vão as coisas: se por um lado a normalização da entrega de periódicos impressos já revela um grau de normalização do cotidiano, o futebol, por outro lado, mostra que as coisas ainda ocorrem em condições improvisadas, visto que, mesmo com mando de campo, a dupla Grenal jogará fora de seus estádios, ainda inoperantes e parcialmente alagados.

 

Isso ecoa o que ocorre pelo estado, onde determinadas atividades já normalizaram e outras ocorrem parcialmente, além da situação de muitas famílias atingidas: algumas já voltaram para casa e outras permanecem em abrigos, embora já estejam limpando suas residências. O rio Jacuí, em recuo, às 09 horas de hoje estava abaixo da cota de inundação, com 4,46 metros. Até o sábado, sem a ocorrência de chuvas, o quadro estará ainda mais favorável.

 

Igualmente, assim como no futebol esperaremos alguns meses até haver condição de partidas serem disputadas na Arena e no Beira Rio, em várias outros ramos de atividades a retomada levará muito tempo, alguns quem sabe só para 2025.

 

Contudo, a vida segue com esperança e o Rio Grande do Sul, paulatinamente, reergue-se ao cair das águas, seja nas páginas dos jornais, nos campos de futebol e na vida cotidiana.