BRINCANDO COM AS PALAVRAS

Gosto de brincar com as palavras porque sei o quanto elas são divertidas e inesperadas, surpreendem a cada momento, abrem as portas mais diversas como as do sonhos, da fantasia e só conhecimento. Ah, sem esquecer a sabedoria pra trás de suas essências. Aliás, mais do que gostar, sinto enorme prazer em manipula-las e fazê-las contar-me histórias enquanto revela a beleza do desconhecido.

Penso que todos também deveriam abastecer-se desses instantes lúdicos proporcionados por elas, certamente haveria mais alegria e menos ignorância. Palavras são mestras em ensinar, no silêncio de seu magistério maravilhoso elas têm pós doutorado em lecionar, guiar, orientar, apaixonar e mil outras possibilidades.

Quando uno duas ou mais delas, porque nem sempre uma só faz verão, se me permitem a estranha similaridade, a magia acontece, então tudo se mostra lindo, o mundo se abre, os espaços se expandem, tudo é possível no prisma da alegria ou da tristeza, da bondade ou da maldade. O que evidentemente mostra o quanto são poderosas faladas e escritas, razão pela qual quem brinca com elas precisa estar de coração puro.

Palavras podem ser fardo, serenidade, benção, maldição, na verdade um sem número de coisas. Depende unicamente dos participantes da brincadeira, visto perceber que são maleáveis e flexíveis, vão aonde seu mestre mandar. É justamente nesse ponto que se esconde o perigo de seu manuseio. Se em mãos e mentes erradas causam irreparáveis estragos, porém afagadas pelos bem intencionados compõem bençãos e êxtase.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 27/05/2024
Código do texto: T8072624
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