Vovô, sua hora já passou...
Neste mundo da imaginação tudo é permitido. Sabendo disso, hoje com mais de 60 anos, me matriculei no ensino fundamental. E, pasmem as crianças me receberam com seriedade e consideração. A única que achou meio estranho foi a professora, dona Sandra – uma senhora com a mesma idade que eu aproximadamente. Parece que preconceitos é coisa de adulto – conclui!
Meio a contragosto dela, fiz o curso e passei. Aprendi com as crianças: respeito amor e carinho. Aprendi também a ler e a escrever, e na gramática me perdi. Mas no final tudo deu certo: passei de ano.
Já no colegial a coisa ficou diferente – além dos professores não gostarem da minha presença – meus colegas de classe também se manifestaram contra. O” Bullying” correu solto – sofri muito. Mas também passei – as provas não foram fáceis, mas não o suficiente para impedir minha aprovação.
Finalmente, na faculdade de comunicação. Pensei! Aqui ninguém se importará com a minha idade: Ledo engano:
- No primeiro dia, ouvi – “Vovô sua hora já passou, vá pra casa descansar”. Mal sabiam eles que meu maior valor; é a resiliência.
- Insisti até o final do curso. E, como presente pelo meu esforço; recomeço a vida, com mais um diploma na mão.
Os preconceituosos que se calem, porque quando a gente quer alcançar um objetivo –
Não é qualquer fala negativa ou “bullying” que impede uma pessoa determinada, como eu.
E a vida segue...