LUA CHEIA

Um anjo pressuroso encheu a lua minguante modorrenta no céu deixando-a enorme, magnífica, em destaque no espaço. Iluminou tudo, alegrou as poucas nuvens e deslumbrou miríades de estrelas. Os casais enamorados se contentaram porque gostam de namorar ao luar, as crianças porque há maior quantidade de luz para brincar, os adultos pela simples razão de poderem sentar na calçada para conversas jogadas fora.

Um luar oceânico de incomensurável clarão mexe com os sentimentos das pessoas, como que influencia o emocional humano, altera as marés, tem muito a ver com a postura das aves e transforma a normalidade do ambiente terrestre. Não é somente o satélite bonito do nosso planeta, vai além de exercer o papel primordial de pontuar referências, de indicar rotas e caminhos.

Nós poetas somos eternos apaixonados pela lua cheia, também o são os românticos e os sonhadores, sem esquecer de mencionar o quanto os amantes se enternecem ante sua esplêndida presença. Estes fazem poesia com gestos, atitudes e sorrisos, são também poetas que vivem seus poemas sem os escrever. Somente os que carregam poços de tristeza no coração se mostram indiferentes aos raios luminosos que dela fluem. Ainda bem que o anjo encarregado de acender a lua fazendo-a cheia cumpre essa honrosa missão de tempos em tempos. Então torna a vida mais linda e o céu mais romântico.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 25/05/2024
Reeditado em 25/05/2024
Código do texto: T8071399
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