Dois momentos ativos de um candidato à Presidência da República
a) Bolsonaro e o Muro de Berlim
Bolsonaro, vez por outra, se referia à Curva de Gauss, todavia sem se ater aos “entretantos” para poder se chegar aos “finalmentes”; como diria o programa de televisão.
É notável que o mundo está passando por um ponto de inflexão, onde o poder atômico está sendo entregue à sociedade para ser usado como utilidade doméstica. JPS e Celulares, por exemplos.
O equivalente a quantas bombas atômicas são “explodidas” por segundo no mundo com “queima” de átomos somente no uso dos celulares?
Por conseguinte, todo aquele modelo de anterioridade cívico/militar vai paulatinamente passando para a história. Por ter marcado época; passando a funcionar, agora e no caso, como “apoio logístico”.
Segundo alguns mais malucos do que eu, estamos passando por um momento de aprendizado híbrido... Entre aquele “ontem” presencial remoto e o “amanhã” futuramente digital.
No caso específico da Curva de Gauss relativa a Bolsonaro, ele teve uma vida ativa militar imediatamente antes da Queda do Muro de Berlim. Daí passou por um “ponto de inflexão” pós Queda do Muro de Berlim (1989); sequenciando, então, a atuar ativamente como político.
Doutra maneira: Bolsonaro passou por uma vida ativa cívico/militar entre as gerações Y e Z. Conseguintemente, entre os governos soviéticos Gorbachev e Putin. Ou mais precisamente, entre o fim da Era Analógica e o início da Era Digital.
São todos esses fatores fundamentais, inter-relacionados, que vão dar suportes para introduzir, à época, o Capitão como candidato à Presidência da República.
b) Bolsonaro e a "geração x"
Os militares de carreira compreendidos entre 1960-1988 são considerados, pelo neocientificismo digital, como “geração sem identidade” ou “geração x”.
Como assim?
São os nascidos pós Segunda Guerra Mundial, mas preparados militarmente em plena Guerra Fria, simbolizada pelo Muro de Berlim. Dita “fria” por estar empacada pelo aparecimento das armas nucleares.
O Muro de Berlim funcionou como uma espécie de “Tratado das Tordesilhas sem o aval do Papa”. Confrontado por dois blocos antagônicos de efetivos militar, a nível mundial, esperando para “ver” o que vai acontecer e como vai acontecer.
Quando a Guerra Fria perdeu a razão de ser, pelo desvanecimento do Muro de Berlim, em 1989, todo aquele contingente militar que não estava mais efetivo, ou seja, havia “deixado a farda” em 1988, é considerado “militar sem identidade” por ainda estar à base do modelo antigo.
É quando os currículos das Academias Militares sofrem uma mudança vertiginosa para atender a nova modalidade de guerra que se avizinhava pós queda do Muro.
Eu fui um dos ditos “Militares Universitários” que foram levados, às pressas, para administrarem aulas, pela nova sistemática, aos alunos – “geração y” – ingressos nessa nova introdução à modalidade de Ensino 5.0. Tanto em Escolares Militares, quanto em Universidades.
Recentemente fui chamado à UFPE para fazer mais uma palestra matinal sobre tais assuntos.
A História é longa...