O Sexo e Eu
Cá estou eu falando de um tema que confunde e que fascina ao mesmo tempo, também é espinhoso pra mim. O sexo.
Ainda é um tabu falar sobre isso. Às vezes me constrange pelo fato da grande maioria dos homens a tratarem como uma forma de competição para saber quem é o mais pegador entre eles.
A questão principal aqui é que esqueceram de combinar isso com as mulheres nem se importando se consentem ou não com o ato.
O que não entendem é o fato de o sexo ter hora, momento e como disse anteriormente, o consentimento delas para o rito. No entanto, tudo acaba em letra morta.
Só pra ter uma ideia do quão cruel isso é com elas, enquanto escrevo esta crônica, em algum canto do país uma mulher está provavelmente sendo estuprada, agredida e até mesmo morta por aquele que devia estar protegendo-a de todo mal.
Como se já não bastasse as agressões e feminicídios, ainda sofrem todas as ameaças inimagináveis e na maioria das vezes, acabam silenciando-se com raras e corajosas exceções.
Isto é tão ruim que fica até mesmo difícil procurar palavras para descrever esse ato sem ficar envergonhado e triste, como homem que sou, com a descarada e famigerada cultura do machismo que fez muito mal a mim.
Aqui contarei uma história muito engraçada pra desanuviar este ambiente tão pesado. Depois de tudo acontecer, falei a uma das “tias” da praça como são chamadas as profissionais do sexo que não era como os outros homens que eram debochados e desrespeitosos com elas.
E pra minha surpresa, ela disse isso:
- Tu és muito melhor do que todos eles.
Ali tive a prova cabal de que o rito sexual é bom quando não botam caraminholas na sua cabeça ou não te forçam a ser o macho alfa.
É por isso e por tantas outras coisas, o sexo segue como um enigma a resolver e um desafio a superar.
Porque nem tudo como dizem do sexo é ruim. Afinal, como falam em algumas propagandas, sexo é vida, certo?
E é aí que começa nossa trajetória.
Uma noite, um rito, uma cama, uma concepção.
E inicia-se uma nova vida, uma nova história.