O mito da mudança de um ano novo (ou novo ano)...
A mesma promessa de sempre...
A mesma coisa, sempre às vésperas da virada de ano.
O que faz compelir uma pessoa a tirar parte do seu tempo, fazendo juras e pactos - seja com quem for e de qual ordem for - de que o próximo ano será o da virada e de mudanças profundas, desde o campo do caráter até às atitudes mais profundas em hábitos e planejamentos pessoais!?
No final, muitos se frustram e repetem o mesmo ciclo vicioso em uma nova virada.
Até eu ter consciência disso, fiquei uns 3 ou 4 anos consecutivos prometendo a mim mundos e fundos, em promessas descabidas e tolas. De fato, juras ao léu do vento. Faltava a mim maior disciplina, em ter que sacrificar parte do meu cotidiano para cumprir todos os sonhos, aspirações e metas.
A partir daí, assegurei a Deus e a mim mesmo que a virada seria encarada sem grandes expectativas. Resumindo: as promessas que eu fizesse fossem feitas no meu dia-a-dia, sem criar qualquer estresse que pudesse gerar em mim uma ânsia e uma expectativa desnecessária e vã.
De lá para cá, muitas coisas fluíram na minha vida. Desde o campo emocional até nas atitudes mais triviais do dia-a-dia, elas surgiram com naturalidade, sem me torturar por ter prometido um dia "o céu e as estrelas". Todavia, vivo com gosto cada fase e momento da vida, com muita humildade e entendendo a vida como um anfiteatro, onde o meu papel e o "script" surgem de forma natural, tendo o aval ou não de Deus.
Hoje, quando presencio muita gente boa fazendo votos para um novo 2008, faço uma retrospectiva dos meus tempos anteriores. Para minha supresa, fiquei feliz em saber que não fui e nem sou mais refém de mim mesmo e das expectativas que outrora coloquei.
Hoje sou mais feliz...
Afinal, porque eu soube, na prática, que todo ano é ano, quer velho ou novo. O que faz ser novo ou velho são as nossas práticas, intenções, propósitos e atitudes.
Enfim, consegui sair do mito da virada do ano.