Infelizmente, a realidade social contemporânea é marcadamente associada às circunstâncias que deduzem um permanente estado de crise. E, Zygmunt Bauman bem destacou quando nos apontou para a crise da modernidade líquida. E, há diversas abordagens interdiciplinares que interpelam a condição humana e as práticas sociais presentes. A grande difusão de riscos e vulnerabilidades decorrentes, bem como as condutas de estranhamento e desconfiança da alteridade são questões debatidas e, nos faz enxergar o caráter indissolúvel da crise na pós-modernidade, onde as incertezas, inseguranças e medos asseveram o individualismo e a hostelidade em determinados contextos. Talvez, a autocrítica social seja um caminho viável para se evitar esses dramas diários. O fenômeno da globalização traz a volatilidade da história social recente. Há dias de incerteza que tramam a condição instável da sociedade atual, o que inclui sujeitos, instituições e relações. O que acaba por reconfigurar ideiais e utopias e mesmo nossas projeções de futuro. No horizonte da liquidez, talvez, as identidades sejam apenas encarnações mais aguçadas onde se pode sentir a pertubadora ambivalência. O vazio existencial, a vulnerabilidade a instabilidade contumaz fazem do tecido social uma fragilidade onde navegam as relações entre os sujeitos e entre estes e as instituições, isto é, evidencia-se a crise do Estado que não consegue acompanhar as transformações sociais e afetam nos padrões de confiança e segurança.