PEDRA SOBRE PEDRA
Francisco de Paula Melo Aguiar
A atual Praça Getúlio Vargas, que também já teve outros nomes (Praça da Matriz e Praça Dom Pedro II), foi totalmente destruída e reconstruída no fim da década de 40 do século XX na administração do prefeito Flávio Maroja Filho.
É importante salientar de que quando a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, foi construída em 1852 por Aluízio Silva, rico comerciante e proprietário rural de Santa Rita, aquele patrimônio histórico nacional não tinha a atual escadaria naquela altitude em termos de dimensão arquitetônica, bem como a escadaria atual do próprio Santuário Matriz de Santa Rita de Cássia, tudo aquilo foi provocado pela retirada do barranco até então existente quando da construção da praça em 1950.
É importante também salientar de que em 1970, na administração do prefeito Antônio Aurélio Teixeira de Carvalho, a arquitetura da referida praça foi novamente destruída e reconstruída uma nova praça e foi justamente neste período em que a história daquele monumento público perdeu o famoso “CORETO DO CAMALEÃO”, contando no presente apenas o registro fotográfico para as novas gerações.
É fato que "eu nunca quis agradar às multidões: pois aquilo que sei, elas não aprovam, e aquilo que elas aprovam, eu não quero saber", conforme o pensamento do filósofo grego Epicuro (341a.C - 270a.C), ainda que por analogia e em outro contexto, o político.
E a praça da Matriz que foi derrubada e reconstruída pelos prefeitos Teixeira e Morais, foi novamente “derrubada” e (re)construída pelos prefeitos Severino Maroja e Marcus Odilon, mais de uma vez, até se chegar a versão atual, que nada tem de sua origem epistemológica em termos: arquitetônicos, históricos, geográficos e sociais, pois, a nossa sociedade e gestão pública nada preservou para as novas gerações e que se antecipou e/ou mudou, assim como o mundo mudou em tudo, somos apenas uma representação da realidade cosmopolita de nossa antropologia em termos de homem e humanidade, onde presume-se de que em termos políticos, o que "Beltrano" ou "Fulano" fez com o dinheiro público, o “eu”, "Sicrano", de plantão na gestão municipal, manda derrubar para fazer de novo, com o mesmo dinheiro público, afinal é o contribuinte ou o povo que paga tudo, que é para não ficar “pedra sobre pedra”, que diga que foi aquele Fulano, Sicrano ou Beltrano, que teve a ideia de fazer ou (re)construir.
Na gestão atual não foi diferente.
É por isso que Santa Rita fica sempre para depois e o nosso povo pagando a conta e sonhando...
A cultura política dominante aqui é assim.