Quando a água baixar

Quando a água baixar, um mundo de objetos submersos estarão expostos à visão de quem quiser enxergar. Reflexos de um sistema, cuja lógica, só funciona à base do consumo, faturado, boletado. A enchente mostrou um lado; a desenchente o outro. Dois lados de uma mesma moeda.

Os negacionistas de sempre continuarão negando o óbvio, apresentado, não soluções, mas o aprofundamento de desastres sociais e ambientais. Continuarão, por mais absurdo que pareça, afirmando que a culpa é das árvores; que não há mudança climática, nem aquecimento global; que a culpa é do Estado; que o Estado Mínimo é o Máximo; dirão, de forma simplista, agradável a certos ouvidos, que o sistema privado salva vidas e o sistema público é atraso. Em suas narrativas falsas, vão dizer e espalhar em suas redes de que toda e qualquer tragédia é culpa da esquerda, e do socialismo.

Os negacionistas se comportam como as avestruzes, que enfiam as cabeças nos buracos, como estratégia de defesa. Suas narrativas sofistas, enganam muitas pessoas, mas chega uma hora que os argumentos esgotam. Não se engana muitas pessoas por muito tempo.

A direita, em maior grau, a extrema-direita se esconde numa tese de que não são ideológicos, quando na verdade são extremamente neoliberais fascistas.