PLANOS FUTUROS EM COMPAÇO DE ESPERA
Outro dia me peguei, pensando a respeito dos princípios básicos que até agora definiram minhas escolhas imobiliárias.
Uma premissa básica que sempre definiu meus desejos passa por boa ventilação, muita claridade e vista ampla, nada de abrir janela e praticamente ser saudado pelo vizinho da frente, dada a proximidade existente entre as moradias.
A opção pelo sol da manhã sempre fez parte das prioridades básicas, em outras palavras, a frente do imóvel necessariamente deveria ficar apontada para leste e por consequência direta não sofrer a incidência do forte sol da tarde, que em linhas gerais transforma o ambiente interno da residência numa espécie de sauna seca, com calor emanado das paredes até bem depois do por do sol.
Sem essa insolação amplia-se a vida útil do mobiliário, por outro lado, a constante permanência do sol incidindo sobre objetos descolore poltronas e móveis e superaquece equipamentos mais sensíveis ao calor.
Os anos foram passando e tornando cada vez mais difícil a manutenção de nossa ampla casa, agora nosso objeto do desejo é mesmo uma moradia menor e mais convencional, onde não mais precisemos subir escadas, nem externas e muito menos internas.
Como dedicamos muito tempo aos esportes, o objetivo mais específico passou a ser a localização, queremos transformar o clube que frequentamos no bairro do Jardim Botânico, numa espécie de playground da residência.
Para manter uma coerência histórica de sempre morar nas proximidades do trabalho, e assim não perder tempo em deslocamentos desnecessários em uma cidade cada vez mais engarrafada, a ideia agora é a de residir próximo ao nosso destino mais frequente.
A princípio estou disposto a abrir mão dessas premissas que nos guiaram por tanto tempo, mas que agora perderam relevância, até porque tendo quadras tênis, piscinas, sauna e a proximidade com a ciclovia da Lagoa a poucos passos de casa, a permanência entre quatro paredes será substancialmente reduzida.
Outra possibilidade viável de ser retomada são as caminhadas no entorno da Lagoa, pois no momento quaisquer destas atividades necessariamente passa pelo uso do carro, enquanto bicicletas aguardam na garagem seu tão esperado retorno ao asfalto.
O único empecilho para a concretização desse novo capítulo da nossa vida passa pela venda de nossa agora avantajada casa no bairro das Laranjeiras.
A sorte está lançada, um corretor local já procura um possível comprador, aguardamos com um certo grau de ansiedade que um interessado faça logo uma oferta condizente, para assim concretizarmos esse desejo de mudanças de ares.