Vamos sair daqui
O Brasil é um país tropical e abençoado por Deus e pela natureza exuberante que aqui temos. Isso todo mundo sabe! Não temos tufão, maremoto, terremoto, nevasca, neve e raramente uma ou outra geada. Isto é fato observado ao longo dos anos. Mas, temos aqui uma ocupação desordenada do solo motivada sempre pela especulação imobiliária. No entanto, as mudanças das situações climáticas por aqui por outro lado vem proporcionando uma série de catástrofes climáticas que fogem do controle do homem e da população que habita os locais de vales, beira de córregos, margens dos rios, margens da praia e restingas, encostas das serras e morros. Tudo isso agravado com as chuvas fortes, ressaca marinha, ciclone tropical, enchentes, alagamentos e cheias dos rios e córregos. E quando isso acontece não tem o que fazer. Tem que sair às pressas e deixar tudo pra trás isso quando dá tempo de sair. Esperar a catástrofe climática passar e retomar no mesmo lugar não vem sendo a melhor solução de imediato. Isso porque os fenômenos tendem a se repetirem. Nem sempre adianta querer reconstruir tudo o que foi destruído e levados pelas enxurradas. As vezes não dá mais. A reconstrução de áreas atingidas precisa ser bem planejadas considerando quais são as áreas mais seguras, longe dos locais atingidos e que são mais resistentes às variações climáticas extremas, que virão certamente a acontecer nos próximos verões. Há quem afirma, frente as calamidades do Sul, que Cidades inteiras terão que mudarem de lugar. Não tem jeito! É preciso afastar as Cidades e os bairros dos ambientes de maior risco, que são as áreas mais baixas, planas e úmidas, as áreas de encostas, as margens de rios e as cidades e bairros que estão dentro de vales. Precisamos devolver para a natureza esses espaços que estão mais sensíveis ao alagamento, a enchente e a cheia do rio. Não se trata apenas de retirar a população que mora em áreas de encostas, margens de rios e córregos mas de todas as regiões sensíveis a situações de enchentes, alagamentos e deslizamentos. Saibas tu que não era só os bens materiais perdidos é o risco eminente da vida. Agora é a hora de erguer a cabeça e buscar forças pra recomeçar longe dali. "Olhas tu meu guri o que te digo. Meu velho pai e teu avô sempre me ensinaram isso. Nunca desistir das lutas que esta vida, as vezes incoerente com a situação, sempre nos impõe. E desta luta saibas tu que não iremos desistir. No entanto, agora é a hora de deixar pra trás todos os nossos bens. Fazer o quê?"